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Pesquisadores fazem ato em defesa do Evandro Chagas

Em apoio ao trabalho científico desenvolvido ao longo dos anos pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) e contra as contestações feitas pela mineradora Hydro Alunorte acerca dos laudos elaborados pelo instituto. Foi chamando atenção para isso que parlamentares

Em apoio ao trabalho científico desenvolvido ao longo dos anos pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) e contra as contestações feitas pela mineradora Hydro Alunorte acerca dos laudos elaborados pelo instituto. Foi chamando atenção para isso que parlamentares, pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Instituto Evandro Chagas (IEC), além da sociedade civil, participaram de um ato na manhã de ontem (15), na Praça da República.

Durante a manifestação, os participantes destacaram que a empresa norueguesa contestou e ameaçou processar o IEC após a divulgação de laudos que apontaram contaminação dos solos e igarapés de Barcarena com produtos químicos e tóxicos, oriundos do processamento de bauxita feito pela empresa.

Para se defender, no último dia 9, a empresa emitiu um relatório apresentando algumas “adaptações” em relação à pesquisa realizada pelo Evandro Chagas. Porém, em matéria publicada no dia seguinte, pelo DIÁRIO, o IEC se pronunciou por meio de nota mostrando que as análises feitas pela empresa apresentam problemas, como por exemplo, as coletas de águas superficiais foram realizadas 34 dias (nos dias 23 e 24 de março) após o vazamento ocorrido no dia 17 de fevereiro.

Pesquisador do IEC, Elivan Vale ressaltou que o instituto iniciou os estudos na região de Barcarena muito antes do episódio de transbordamento das bacias da Hydro registrado em fevereiro deste ano. “Já tivemos vários eventos semelhantes a esse, tanto da Hydro quanto das outras empresas (que atuam na região). O fato é que existe o lançamento escondido (de rejeitos químicos)”, afirma. “Desde 2007, detectamos essas alterações e quando os acidentes ocorrem, nosso trabalho é para comparar o antes e o depois. Então, o que a empresa está tentando fazer é uma mentira muito grande”, critica o servidor.

INCABÍVEL

Presente no ato, na avaliação do professor do Núcleo de Meio Ambiente da UFPA, André Farias, a empresa Hydro tem tentado desqualificar todo o trabalho cientifico feito na Amazônia, seja pelo IEC ou pela própria UFPA. “Essa contestação é incabível, é inapropriada, porque não contesta apenas o laudo do Evandro Chagas, mas todo o saber científico-acadêmico da região”, diz. “Em Barcarena, temos estudos de cinco a seis anos de pesquisa. A contaminação já estava sendo alertada por nós (UFPA) há bastante tempo. E o laudo do IEC, feito por uma instituição reconhecida cientificamente na Amazônia, no Brasil e no exterior, do ponto de vista das análises físico-químicas da água só confirma que existe contaminação”, frisa.

CPI CONTRA HYDRO JÁ TEM ASSINATURAS SUFICIENTES EM BRASÍLIA

Coordenando a Comissão Externa da Câmara dos Deputados que apura os danos causados pela Hydro, o deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL/PA) disse que já foram coletadas as assinaturas dos parlamentares necessárias à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os crimes ambientais causados pela refinaria Hydro Alunorte e outras empresas no município de Barcarena, no Pará.

A comissão agora aguarda o parecer da Mesa Diretora da Câmara para ter uma resposta sobre a instalação da CPI ainda nesta semana. Também fazem parte da Comissão Externa os deputados paraenses Eder Mauro (PSD), Elcione Barbalho (PMDB) e Arnaldo Jordy (PPS).

Apoiando o ato em prol do IEC, o deputado acusou a empresa e o Estado de cometerem um crime. “Uma empresa de capital norueguês, em que o Estado norueguês participa com o lucro de 41,2%, é inadmissível que não tenha políticas de contrapartidas sociais e ambientais”, afirmou o deputado. “Temos um governador totalmente fraco, conivente e incentivador do crime, porque é o principal responsável por isso” , afirma Edmilson.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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