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Ximbinha faz show comemorativo aos 20 anos do 'Guitarras que Cantam'

Antes de se tornar o maestro e guitarrista da Banda Calypso, quando ainda era Chimbinha, o músico paraense produzia e colocava seu som em CDs de outros artistas. Tanto que chegou a ser definido pela revista “Showbizz” como “unanimidade onipresente”. No in

Antes de se tornar o maestro e guitarrista da Banda Calypso, quando ainda era Chimbinha, o músico paraense produzia e colocava seu som em CDs de outros artistas. Tanto que chegou a ser definido pela revista “Showbizz” como “unanimidade onipresente”. No intervalo entre uma gravação e outra, aos poucos criava e gravava “Guitarras que Cantam”. De volta à carreira solo, Ximbinha comemora hoje os 20 anos da gravação do disco, a partir das 21h, com show dentro da festa Lambateria.

O álbum, que retomava o sucesso que a guitarrada fazia em décadas anteriores, é considerado pelo artista como um marco em sua trajetória musical. “Foi o começo de muita coisa na minha vida”, comenta Ximbinha, em entrevista para o Você. As gravações, que começaram em 1996 só foram concluídas em 1998, mesmo ano do lançamento, trazia várias guitarras, que parecem dialogar dentro das músicas, um trabalho claramente influenciado por Mestre Vieira.

“A minha ideia era que em cada faixa houvesse uma guitarra solo, como fosse um cantor cantando, e outras guitarras por trás respondendo”, explica Ximbinha. Para tanto, contou com a colaboração de vários amigos, como o guitarrista paraense Gileno Foinquinos. “Eu gravava muito naquela época, então, quando sobrava espaço, eu ia gravando com músicos que estavam pelo estúdio, Andro Silva, Jurandir, Gileno, meus parceiros”, relembra.

Ainda assinado por Chimbinha & Banda, o trabalho contava com 12 faixas, muitas delas nunca tocadas no palco pelo guitarrista. “Na Levada do Brega”, “Som da Amazônia” e “Na Onda do Baile” são algumas faixas de um disco que trazia merengue, calipso e cumbia nessa linguagem hoje tão popular da guitarrada. Mas chama atenção principalmente a primeira faixa, chamada “Dançando Calipso”.

“Gravei o disco e logo em seguida essa música deu nome à banda Calypso, com a qual passei os 16 anos seguintes trabalhando. Desde que a banda parou, o povo que conhecia esse meu primeiro trabalho me cobrava fazer show de guitarradas, como fazia no final da década de 1990”, conta Ximbinha. A volta ocorreu no Sesc, em São Paulo, seguida da apresentação desta noite, e a intenção, segundo ele, é sair com esse show o Brasil inteiro.

Para trazer de volta ao público as músicas do disco “Guitarras que Cantam”, 20 anos depois, Ximbinha sobe ao palco acompanhado de Joe Cabano (guitarra), Teobaldo Junior (bateria), Vander de Paula (teclado), Charles Barros (baixo), Gil Play7 (percussão), César (saxofone) e Theo (trompete). No backing vocal, estarão Marcelo Val e Carla Maués.

XIMBINHA SEGUE AO ENCONTRO DE UM NOVO PÚBLICO DA GUITARRADA

Mas é bom destacar que boa parte do repertório deste disco é completamente instrumental. “Quem conhece guitarrada, conhece o disco todo”, garante Ximbinha.

A intenção é tocar o repertório de “Guitarras que Cantam” na íntegra, bem próximo da gravação original, sem mudanças de arranjo. “Até os timbres estamos tentando reproduzir e vou tocar com a mesma guitarra que gravei. Ela está um pouco mais velhinha que naquela época, afinal são 20 anos. Tá surradinha, mas dá para tocar”, brinca o músico.

Quando decidiu lançar “Guitarras que Cantam”, Ximbinha estava vendo que o movimento da guitarrada tinha esfriado após a efervescência das décadas de 1970/80, com Mestre Solano, Vieira, Os Populares de Igarapé-Miri, Aldo Sena, Lambagui e Oseias da Guitarra. “Essas pessoas começaram todo esse movimento da guitarrada no Brasil e no Pará. Mas já no final da década de 1990, ninguém tocava mais em rádio”.

Foi quando Ximbinha resolveu gravar o disco de guitarrada. Em seguida, o Barata gravou também e juntos acabaram criando certo burburinho. “Mas logo depois montei a Calypso e parei. O Barata parou em 2000 para 2004, até que (a guitarrada) ressurgiu com o Pio (Lobato) no projeto ‘Os Mestres da Guitarrada’”, relembra.

O sucesso da banda Calypso não permitiu a Ximbinha participar diretamente desse momento, e agora, ele diz que encontra um panorama completamente novo. “Hoje o cenário está na mão de outro público. Naquela época (décadas de 1970 a 1990), a guitarrada era feita para o povão, um público do interior, pessoal de periferia. Agora a gente vê a guitarrada voltada para outro tipo de público, que na época não curtia. Está acontecendo uma renovação de quem ouve, junto com novos guitarristas: Felipe Cordeiro, o próprio Manoel (Cordeiro), Lucas Estrela”, cita.

Feliz com esse resgate, Ximbinha diz que pretende seguir com esse show – e com a guitarrada – em sua carreira pós-Calypso, mas que esse é um projeto que correrá paralelo a outro, também recente. Ele se refere ao “Cabaré do Brega”, em que convida amigos para tocar com ele em clima de descontração. “A guitarrada faz parte da minha história, quero levar a muitos lugares e pretendo continuar. Não é um projeto de fazer para multidão, como o Cabaré, mas sei que muita gente gosta e vou seguir com ela”, avisa.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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