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Novo relatório do Instituto Evandro Chagas confirma metais tóxicos nas águas de Barcarena

Conforme adiantaram o Diário do Pará e o DOL, com exclusividade, no dia 22 de março, um novo relatório do Instituto Evandro Chagas (IEC/SVS/MS) foi divulgado na tarde desta quarta-feira (28) e confirmou os riscos ambientais próximos à operação da minerado

Conforme adiantaram o Diário do Pará e o DOL, com exclusividade, no dia 22 de março, um novo relatório do Instituto Evandro Chagas (IEC/SVS/MS) foi divulgado na tarde desta quarta-feira (28) e confirmou os riscos ambientais próximos à operação da mineradora Hydro, em Barcarena, Região Metropolitana de Belém (RMB). O documento mostra uma realidade assustadora para a população da área. Metais tóxicos como o chumbo, urânio, cobalto e manganês foram identificados em quantidades bem acima do permitido nas águas.

De acordo com o IEC, no documento intitulado “Avaliação Preliminar dos Impactos Ambientais Referente ao Transbordo e Lançamentos Irregulares de Efluentes de Lama Vermelha na Cidade de Barcarena, estado do Pará” há informações com o resultado das análises de amostras de águas coletadas no Rio Murucupi e pontos do Rio Pará, Arienga, Arapiranga, Guajará do Beja, Igarapés Curuperê, Dendê e um igarapé que é afluente do Tauá, além de amostras de lama coletadas dentro da empresa em todo o sistema de efluentes e amostra coletada na estrada PA-481, após o tombamento de um caminhão no dia 22 do mês passado.

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As amostras de água foram coletadas entre os dias 25 de fevereiro e oito deste mês. Dentre as conclusões trazidas pelo relatório estão a constatação de que nos resíduos produzidos pela empresa há existência de lama vermelha, resíduos de cinzas e níveis consideráveis de metais tóxicos nas amostras analisadas como arsênio, chumbo, manganês, zinco, mercúrio, prata, cádmio, cromo, níquel, cobalto e urânio. Além de alumínio, ferro e cobre.

"Muitos desses metais tóxicos circulavam pelos canais irregulares já identificados na empresa: canal antigo e canal de cinzas", aponta o documento que segue informando que nos resquícios de efluentes dentro do canal auxiliar denominado como canal antigo foi encontrado níveis muito elevados de Manganês, indicando que o lançamento de qualquer material que passasse por ali e sem qualquer tratamento representa risco de danos aos ecossistemas aquáticos e à saúde humana.

Para o Evandro Chagas, as águas do Rio Murucupi estão comprometidas com níveis de alumínio, ferro, arsênio, cobre, mercúrio e chumbo acima do que prevê a legislação brasileira estando impróprias para o consumo.

RIO PARÁ

Sobre o Rio Pará, o estudo aponta que os dados de alumínio e ferro dissolvido nas áreas próximas às praias de Sirituba e Beja, Guajará do Beja, Arapiranga, igarapés do Curuperê e Dendê e tributário do Tauá mostram níveis destes metais bem acima dos limites da resolução Conama 357/2005 logo após o dia 17 de fevereiro quando foi divulgado o primeiro levantamento.

Em alguns pontos desses rios e igarapés os níveis totais de metais tóxicos como Arsênio, Chumbo e Cromo apresentaram também teores acima da legislação brasileira.

"Os riscos em saúde ambiental foram bem maiores do que se imaginava, não se limitando à bacia do Rio Murucupi", relatam os pesquisadores do IEC.

LAMA VERMELHA

Na noite do dia 22 de fevereiro tombou na estrada estadual PA-481 efluentes de lama vermelha, material que segundo o IEC colocou em risco todos os ecossistemas que estão perto da estrada e até pessoas que circulam na estrada de uso público.

Destaca também o relatório que nas adjacências da área onde foi coletada esta amostra, existem igarapés e nascentes que compõem as bacias hidrográficas do Rio Murucupi e São Francisco. Segundo o relatório, pela declividade do terreno, essas nascentes podem ter recebido essa carga de resíduos e efluentes.

RECOMENDAÇÕES

Para garantir a saúde da população e menos danos ao meio-ambiente, o Instituto Evandro Chagas também divulgou uma série de recomendações às autoridades.

  • Continuar a disponibilizar, pelo menos até o final do período de chuvas, água potável as comunidades do Bom Futuro, Jardim dos Cabanos, Burajuba e Vila Nova, pois as águas do rio Murucupi apresentam níveis de metais tóxicos que oferecem riscos a saúde humana a partir do consumo direto ou uso para recreação e pesca;
  • Ampliar esta disponibilização de água potável no mesmo período para as comunidades que residem nos municípios de Barcarena e Abaetetuba às margens dos igarapés Dendê e Curuperê, e rios Pará, Arapiranga, Guajará do Beja, Arienga e Tauá. Como citado, com esses dados não foi possível confirmar alterações na qualidade das águas em outras áreas da região;
  • As águas superficiais e de consumo humano no entorno do empreendimento da Hydro devem ser continuamente biomonitoradas, através de sistemas telemétricos e coletas in loco, e criado sistema de alerta as populações que moram ao redor ou fazem uso delas. Todo biomonitoramento na região deve conter dados completos com análises de metais como previsto na legislação brasileira.

(DOL com informações do IEC)

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