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Conectados pela internet há 29 anos

A rede mundial de computadores completou, nesta semana, o seu 29º ano de ‘nascimento’ e já reúne o correspondente a 53% da população mundial. Ultrapassada a fase em que a web ficava restrita a uma grande máquina fixa em uma mesa, a internet se tornou, par

A rede mundial de computadores completou, nesta semana, o seu 29º ano de ‘nascimento’ e já reúne o correspondente a 53% da população mundial. Ultrapassada a fase em que a web ficava restrita a uma grande máquina fixa em uma mesa, a internet se tornou, para muita gente, uma ferramenta indispensável em praticamente todas as atividades diárias.

Para se comunicar, relaxar nos momentos de lazer, se informar e aprender sobre uma atividade nova ou mesmo para receber orientações do trabalho, a internet está presente na vida do jovem Felipe Júlio da Silva, 21 anos, desde quando acorda. Com o acesso facilitado pelo celular, ele que trabalha em uma empresa de eventos não gasta mais do que alguns segundos para checar se houve alguma alteração na agenda ou se surgiu algum novo compromisso. “Não seria impossível viver sem internet, mas com certeza seria mais complicado. Tudo andaria mais lentamente”, diz.

A constatação vem de quem, na infância, ainda chegou a conhecer um mundo em que a internet já até existia, mas não estava assim tão ao alcance. Ele lembra que, quando ainda era uma criança, o seu acesso ficava restrito a um dia na semana, durante as aulas de informática no colégio. Tudo só começou a se modificar quando chegou o primeiro computador em casa. “Era aqueles grandes, pesados e a internet ainda era discada. Para conectar, tinha de ficar ouvindo aquele barulhinho”.

As memórias de Felipe fazem parecer que o tempo vivido foi em outro século, mas a verdade é que todo o progresso apresentado pela internet pode ser acompanhado por boa parte da população em apenas quase três décadas. Presente até mesmo nos menores objetos, a web foi a grande responsável por transformações até mesmo na forma de se trabalhar.

No caso da administradora e empresária Thairis Kapp, 29 anos, a web foi fundamental para que sua empresa de limpeza de estofados não viesse a falir. “Os negócios não estavam indo bem, então eu decidi investir em um curso de marketing digital. Apenas com as estratégias de divulgação a partir da internet eu consegui triplicar o meu faturamento”. O primeiro avanço conquistado já era suficiente para que Thairis comemorasse o fato de ter nascido ‘junto’ com a internet – ambas têm 29 anos. Mas o acesso facilitado lhe abriu ainda novas possibilidades de trabalho.

NEGÓCIO

De pronto, a empresária percebeu que o seu ramo tinha uma carência de informações e cursos que explicassem o funcionamento da lavagem a seco. De repente, ela já estava vendendo aulas on-line pelo YouTube. Depois, o próprio conhecimento aplicado para impulsionar negócios através da internet também passou a ser utilizado como fonte de renda extra, através do oferecimento de consultorias.

Para que dê conta de tudo, Thairis precisa estar conectada praticamente o dia inteiro. Acoplados em dois aparelhos celulares, ela mantém quatro chips de linhas telefônicas diferentes, uma para cada negócio e a de uso pessoal. Bastam algumas horas sem conexão para que ela comece a perder oportunidades de negócios. “Chego a fechar de 30 a 50 orçamentos por dia e a maioria é solicitado pelas redes”, explica.

CONTATO COM A WEB JÁ INICIA NA INFÂNCIA

Se para a geração de Felipe, Thairis e Bruno já é difícil se ver sem a internet, imagina para quem já nasceu diante de um mundo em que o acesso é facilitado para boa parte da população. Com apenas três anos de idade, o pequeno Rodrigo Uchôa não apenas já conhece a rede que conecta milhares de usuários em todo o mundo, como já faz uso da mesma, sempre supervisionado pelos pais.

“Em casa o acesso é facilitado por causa do wi-fi, mas quando eu viajo com ele e precisamos depender dos dados móveis, ele até se estressa quando o limite acaba”, conta a mãe de Rodrigo, a tecnóloga em processamento de dados e acadêmica de direito, Carol Uchôa, 36 anos. “Quando estamos fora de casa e ele pede o celular, a primeira coisa que ele pergunta é ‘mamãe, tem internet?’”.

Rodrigo utiliza a rede normalmente pelo smartphone para assistir a desenhos animados pelo YouTube. Apesar da habilidade apresentada e por já conseguir colocar sozinho os vídeos para rodarem, Carol destaca que o acesso é limitado e controlado para o filho. “Apesar das coisas boas, a internet pode trazer muitos perigos, então a vigilância é grande”, conta. “A gente tenta fazer com que ele não seja uma criança alienada, então ele não faz as refeições assistindo aos desenhos, ele passeia de carro tranquilamente vendo a paisagem. Normalmente nós deixamos ele assistir no final da tarde, quando estamos reunidos”.

Aos 3 anos, Rodrigo Uchôa gosta de assistir aos desenhos animados pelo canal do YouTube. (Foto: Rogério Uchôa/Diário do Pará)

AINDA DEVEM VIR MUITAS EVOLUÇÕES POR AÍ

Apesar do aparente esgotamento que a internet poderia ter alcançado diante de uma evolução tão significativa em um curto espaço de tempo, a professora do curso de análise e desenvolvimento de sistemas do Instituto Federal do Pará (IFPA), Rita Gomes, aponta que ainda é possível esperar muitas transformações proporcionadas pela rede.

Rita aponta que, muito possivelmente, o campo onde se pode esperar bastante evolução é o da chamada ‘internet das coisas’. “Os equipamentos vão estar interligados entre si e vão lhe enviar avisos importantes que poderão resultar em uma atitude do usuário, tudo via internet”.

Para exemplificar como o sistema funciona, a professora conta que alguns países já estudam a ligação mais direta do espectador com a televisão por meio da internet. Nas localidades onde é possível ter acesso a uma internet mais veloz, telespectadores podem assistir a um comercial pela televisão e, com o auxílio da internet, ‘acessar’ as ofertas da propaganda e efetuar a compra.

AVISOS

Em outros casos, a internet também possibilita que uma geladeira registre tudo o que for armazenado dentro dela e avise ao proprietário quando determinado produto estiver prestes a acabar, como os ovos ou mesmo as garrafas de leite. “A pessoa não precisa mais estar em casa para conferir o que está faltando para comprar. Com a internet é possível ser avisado mesmo na rua”, considera Rita.

Além do que estar por vir, a professora ainda destaca recursos já proporcionados pela internet e que, até poucos anos atrás, nem se poderia imaginar. “Hoje detentos que não podem se deslocar aos tribunais já podem ser julgados e sentenciados através de videoconferências”, exemplifica Rita. “A internet tem 29 anos, mas está só começando”.

FUNDAMENTAL PARA O TRABALHO

Se a internet foi a responsável por reerguer o negócio de Thairis, ela é a própria razão da existência do negócio do jornalista e empresário Bruno Almeida, 26 anos. Dono de uma agência de marketing digital, ele é o responsável por cuidar da divulgação e promoção de 17 clientes fixos, empresas de diferentes áreas de atuação.

Para que consiga acompanhar a velocidade com que as coisas se desenvolvem na internet, ele também precisa ficar conectado. Entre as estratégias aplicadas por Bruno, está o planejamento e a execução dos chamados ‘memes’ para que, de forma descontraída, consiga atrair a atenção dos usuários da rede. “Quem trabalha voltado para a internet tem de ter o feeling de perceber o que pode ser usado como estratégia. Para isso, tem de estar sempre acompanhando o que está acontecendo”, aponta. “Eu preciso sempre buscar alguma coisa nova para chamar a atenção, então tem de ficar totalmente ligado”.

VANTAGENS

Entre as vantagens proporcionadas pelo trabalho voltado para a internet, ele destaca a possibilidade de trabalhar de praticamente qualquer lugar que ofereça conexão. Antes de abrir o próprio negócio, o jornalista precisava enfrentar trânsito e engarrafamento para chegar ao antigo trabalho.

Hoje, tudo o que ele precisa para atender às necessidades de seus clientes está dentro de sua própria casa. “Normalmente no sábado eu planejo o que eu preciso fazer durante toda a semana, desde a divulgação até visita aos clientes”, explica.

Além do trabalho, a internet também é prontamente demandada quando Bruno precisa se comunicar com alguém, assistir a filmes e séries, se informar e até mesmo decidir sobre passos na vida pessoal. O cachorro de estimação Eros também foi planejado com a ajuda da rede.

“Quando eu decidi ter um cachorro pesquisei por três meses na internet sobre as características das raças e outros detalhes até me decidir”, conta. “A forma como a internet evoluiu e passou a fazer parte da nossa vida até nos faz pensar no que vem depois”.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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