O DOL vai ajudar o Mike a encontrar um lar

O que começou como um simples passeio terminou em uma ação de resgate do pequeno “Mike”, um vira lata que está em busca de um lar. Brincalhão, dócil e, por vezes, eufórico, o cachorrinho foi acolhido por um dos fundadores e passou por uma verdadeira transformação.

Quem nos contou a história foi um dos fundadores do “Amigo Animal”, Orlando Nascimento, que está na ativa desde 2017. Ele relata que, em dezembro, estava a passeio na Ilha de Trambioca, próximo ao município de Barcarena, quando viu o estado crítico de saúde de Mike.

“Quando eu fui passar a semana na ilha, vi o Mike e ele estava faminto. Cheguei a alimentá-lo na ocasião com um petisco que tinha. O estado de saúde dele era lamentável. Ele estava com a pata cortada, sem unha, com vários ferimentos nas almofadas das patas, com sarna e desnutrido”.

(Foto: Divulgação/Amigo Animal)

A situação foi o suficiente para trazer Mike a Belém, onde está em um lar temporário custeado pelos voluntários da “Amigo Animal”. Quando chegou na capital ele recebeu todos os cuidados necessários, como exames, vacinas e vermífugos. Por ser um cão resgatado, Orlando confessa que não sabe mensurar a idade do animal, mas acredita que ele tenha um ano e meio.

”O mike é um cachorro que parece ser agradecido pela ajuda, pelo resgate. Ele é brincalhão, eufórico. Ele não morde e não fica latindo descontroladamente quando uma pessoa aparece. Para ser sincero, poucas vezes o vi latir”.

PASSANDO NO TESTE

É claro que para adotar o Mike - ou qualquer outro animal sob os cuidados dos voluntários da Amigo Animal - é preciso passar por uma rigorosa entrevista, que faz um verdadeiro "raio x" nos candidatos. Um dos principais critérios da entrevista exige que a pessoa tenha como arcar com os cuidados de um pet, não apenas financeiramente.

"Para adotar o Mike é preciso passar na entrevista que as meninas realizam. Isso é bom porque elas são bastante rigorosas e só aprovam a doação se for uma boa pessoa. Porque já aconteceu de uma pessoa pedir um animal, mesmo sabendo que não tinha como mantê-lo em casa, e não demorou muito ligando para as meninas e pedindo ajuda para cuidar de outros dois".

"Também já aconteceu de uma pessoa querer adotar um animal apenas para que ele cuidasse do terreno ou vigiasse a casa, porque a pessoa não parava em casa, mas dizia ter dinheiro. E é por esse motivo que eu prefiro ficar na parte da enfermaria porque a adoção as meninas cuidam muito bem", confessa.

Ações realizadas pela Amigo Animal para arrecadar rações, medicamentos e mantimentos (Reprodução/Facebook)

LIMITAÇÕES

É claro que um ato desses exige bastante, tanto física quanto financeiramente dos seus envolvidos. Manter os custos dos tratamentos, por exemplo, tem dificultado o trabalho da equipe da “Amigo Animal”.

”Desde que começamos com o trabalho vimos que tínhamos capacidade de ir adiante sempre ajudando como podíamos. Nos orgulhamos ao dizer que já acolhemos e tratamos mais de treze peludinhos, além do próprio Mike, é claro. Infelizmente estamos endividados, mas conseguimos quitar aos poucos com as nossas vendas de hot dog, chopp e outras coisas.”

Orlando costuma ser otimista, principalmente depois de fazer um balanço de todos os resgates feitos desde o ano passado. Por outro lado, ele lamenta que a equipe não possa fazer mais do que gostaria por falta de suporte.

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SERVIÇO

Quem quer tornar Mike seu novo cãopanheiro ou conhece alguém que queira, deve procurar a equipe da Adoção Responsável (quem responde é o próprio Orlando) e se submeter a uma bateria de perguntas organizadas pelos voluntários da Amigo Animal.

Contato: (91) 98446-0000

(Fernanda Palheta/DOL)