Escola em Belém é assaltada novamente e é fechada

Estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Palmira Gabriel, na avenida Augusto Montenegro, suspenderam as aulas por medo da violência constante no local. A medida extrema foi tomada na quarta-feira, 7 de março, quando cinco criminosos armados com facas e arma de fogo invadiram a escola e renderam alunos e professores.

Localizada no bairro Tenoné, a escola Palmira Gabriel é alvo recorrente de assaltos. Desta vez, o crime aconteceu por volta das 20h, quando havia cerca de 600 alunos no colégio. Os assaltantes entraram pelo portão da frente e renderam o funcionário da limpeza e a vice-diretora.

Levaram as vítimas para dentro da sala de depósito de livros e roubaram diversos pertences. A comunidade do entorno, estudantes e professores se reuniram na manhã de ontem com representantes da Seduc e Polícia Militar para discutir soluções para a falta de segurança dentro e nas redondezas do colégio.

SEDUC DIZ QUE VAI INSTALAR CÂMERAS DE SEGURANÇA

Por meio de nota, a assessoria de comunicação da secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que na reunião realizada ontem de manhã, na Escola Estadual Palmira Gabriel, sobre a questão da segurança, algumas deliberações foram tomadas: “A Seduc vai instalar um sistema de monitoramento por câmeras na escola, já está providenciando o processo licitatório para isso; a Secretaria também se comprometeu a consertar o muro que circunda a escola. E, anunciou ainda que está adquirindo cerca de 2 mil ventiladores para toda a rede e que a Escola Palmira Gabriel será contemplada com aparelhos. Além disso, a Polícia Militar, presente à reunião, assumiu o compromisso de transformar a escola em um ponto estratégico de monitoramento na área do Tenoné e, a Polícia Civil, a estreitar o relacionamento com a escola para troca de informações e prevenção a possíveis ocorrências relacionadas a segurança escolar”

HISTÓRICO DE ASSALTOS

ABRIL/2011:
Por volta das 14h do dia 20, cerca de nove homens armados de revólveres e terçados invadiram o colégio e roubaram alunos e professores. Na época, as aulas foram suspensas por quase uma semana e a Seduc anunciou que a Companhia de Policiamento Escolar da PM ficaria em tempo integral na escola.

MAIO/2016:
Cinco anos depois, a promessa da Seduc ainda não foi cumprida e, após mais um assalto dentro da instituição, a comunidade escolar fez protesto na avenida Augusto Montenegro para pedir segurança.

SETEMBRO/2016:
Pela tarde do dia 12, três homens armados invadiram a escola e renderam quatro estudantes, roubando celulares e dinheiro.

OUTUBRO/2017:
No dia 27, cerca de cinco homens encapuzados invadiram 10 salas de aula e roubaram celulares de alunos e funcionários.

MARÇO/2018:
Por volta de 20h do dia 07, cinco criminosos armados com facas e arma de fogo invadiram a escola e renderam alunos e professores.

(Alice Martins Morais/Diário do Pará)