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Rao Godinho expõe em Portugal com obras que enfocam o cotidiano ribeirinho

Quando falam da Amazônia, geralmente pensam apenas na floresta, nos rio e animais, quase nunca lembram do incrível povo que lá habita”. É exatamente para desnudar a realidade dos povos que vivem na floresta que o fotógrafo Rao Godinho volta boa parte do s

Quando falam da Amazônia, geralmente pensam apenas na floresta, nos rio e animais, quase nunca lembram do incrível povo que lá habita”. É exatamente para desnudar a realidade dos povos que vivem na floresta que o fotógrafo Rao Godinho volta boa parte do seu trabalho fotográfico, que desde sábado, 10, está exposto em Portugal, no Centro Cultural do Bom Sucesso, em Vila Franca de Xira, Lisboa. O título da mostra não poderia ir mais direto ao ponto: “Humanamazônia”.

(Foto: Rao Godinho/Divulgação)

Nas fotos, Rao vai atrás das peculiaridades da vida do ribeirinho, do “caboco”, dessa “outra estética”, tentando entender mais a fundo o que é a Amazônia, um local onde o povo amazônico não se vê separado da natureza. “Retratar este povo é algo que nos leva fundo na alma da natureza e, quando nascemos nesta região, podemos sentir esta energia ainda mais profundamente. Mesmo quando estamos em uma grande cidade, a energia amazônica está sempre presente”, diz o artista, nascido e criado em Belém, mas desde sempre interessado no que esse povo da floresta tem a ensinar com sua vida integrada à natureza.

O “Humanamazônia”, diz ele, é “um projeto que não só não nasceu projeto, como sempre existiu, o humano sempre esteve aqui”. “É um projeto infinito que me leva a lugares de afeto, reais ou abstratos, seja por lugares físicos, memórias e pessoas”, pontua. Esta simbiose homem-natureza é tanta que, segundo o fotógrafo, “tomar essas pessoas como algo menos importante dentro desse ecossistema é ignorar a própria selva, o próprio rio. Há uma simbiose impressionante com a floresta. Essa não-relação é devida à dissociação da humanidade à natureza, como se fôssemos ‘menos naturais’”.

DE FORA PRA DENTRO

Há dez anos Rao Godinho fez faculdade no interior de São Paulo e, nas primeiras férias em Belém, começou a olhar a cidade com outros olhos atentos a detalhes nunca percebidos. Desde esse início, o cotidiano das pessoas simples o encantou.

Depois de formado, foi para Manaus e lá fez a foto “Carambela”, selecionada para a exposição comemorativa ao Dia Mundial da Água em 2013, na ArtExpo Nova York. Ela também entrou para o acervo do MIS-Campinas, selecionada no concurso “O Fim dos Clics?”. Em seguida vieram outros prêmios e exposições individuais e coletivas nos estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Pará.

Hoje, além de mestrando em Design e Cultura Visual, em Lisboa, Rao atua como fotógrafo parceiro do Slow Food Internacional junto ao Instituto Iacitatá – Amazônia Viva. E, assim, seu olhar continua voltado à beleza da vida amazônica. “A busca pelo humano, pela vida, é minha maior inspiração. A estética amazônica me encanta, me motiva e consegue extrair o que há de mais nobre no meu olhar e no meu coração, principalmente por eu mesmo ser mais um ribeirinho pulando no rio”, conclui.

(Diário do Pará)

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