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Zenaldo fecha os olhos para os feirantes do bairro de São Brás

Feirantes do Complexo de São Brás denunciam com frequência a falta de manutenção no espaço. Há 106 anos que esse importante legado do ciclo da borracha existe, mas o glamour e o charme do espaço deram lugar ao abandono por parte do poder público. Além do

Feirantes do Complexo de São Brás denunciam com frequência a falta de manutenção no espaço. Há 106 anos que esse importante legado do ciclo da borracha existe, mas o glamour e o charme do espaço deram lugar ao abandono por parte do poder público. Além do prédio central, o complexo é constituído pela feira, pelo mercado de peixe e de carne, pelo setor de alimentação e pela Praça Floriano Peixoto.

Infiltrações, paredes com revestimentos descascados e vidraçarias completamente comprometidas. Esse é o cenário catastrófico de dentro do prédio central, um dos maiores cartões-postais da cidade. Os feirantes dizem que precisam de mais assistência e de uma reforma em todo o complexo com urgência. Mas, de acordo com a diretora da Associação de Feirantes de Belém (Asfembel), Rosana Martins, a última reunião entre a classe e a Prefeitura, em novembro do ano passado, terminou sem nenhuma proposta concreta. “O que eles dizem para a gente é que não têm dinheiro para fazer nenhum projeto agora. A gente, por outro lado, não pode fazer nada, só esperar”, lamenta.

No prédio central, os produtos comercializados são muito distintos. O comerciante de móveis, Danilo Lima, 50, conta que às vezes a chuva molha as mercadorias. “É esse o trabalho que a gente tem. Não tem como mudar”, relata. O problema das goteiras, segundo ele, começou quando o próprio pessoal da Prefeitura foi vistoriar o telhado do mercado e pisou na vidraçaria que comprometeu a estrutura.

As contas, no entanto, sempre chegam para os trabalhadores. “Eu pago R$ 47 pela locação. Esse valor é abusivo, porque nossa situação é critica. É um lugar quente, as lâmpadas não funcionam. Estamos entregues às baratas e o prefeito não faz melhorias”, reclama a feirante Andréa Lima, 43.

A área superior do mercado está tomada por infiltrações, fungos, mato e até mesmo rachaduras. (Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

FUNCIONAMENTO

Nesse espaço, as fiações ficam expostas em um dos corredores. O local também está cheio de rachaduras no piso e nas paredes. São 40 boxes erguidos, mas apenas 25 funcionam efetivamente. O posto da Guarda Municipal está desativado há anos, de acordo com os feirantes. “Mensalmente, a gente paga uma pessoa para vigiar as nossas coisas”, conta Andréa Lima.

Até na hora de usar os banheiros elas precisam pagar. “A administração também não funciona. Se a gente precisa de alguma coisa, tem de fazer do nosso jeito”, acrescenta a feirante.

O trabalho, além de vender comidas e bebidas, passa pela improvisação por parte dos feirantes. É o que conta Elza Silva, 48. “A gente coloca uns plásticos em cima das barracas por causa das goteiras. Na hora da chuva, os fregueses têm de entrar na barraca, senão ficam completamente molhados”, explica Andrea Lima.

Quando o expediente finaliza, à tarde, a área do mercado de carne é usada por moradores de rua. Duas estátuas que faziam parte da arquitetura da Praça Floriano Peixoto foram furtadas durante as duas últimas gestões municipais.

A água da chuva fica acumulada no piso. Há muitas goteiras. (Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

REFORMA DEVE COMEÇAR SÓ NO FIM DO ANO

O presidente da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem), João Cláudio Klautau, informou que o Programa Desenvolve Belém será lançado no final deste mês, mas o processo de definição da empresa que reformará o Mercado de São Brás vai ser definido em até nove meses. “Todos os permissionários se manterão no mercado. Se for necessário, em três ou em quatro etapas será feita a reforma”.

Klautau diz que o lançamento desse edital foi negociado com entre Secretaria de Economina (Secon), Codem e permissionários.

O programa tem as fases de chamamento público, seleção e avaliação de projetos básicos, licitação e contração.

A empresa vencedora vai administrar e reformar o mercado. “Não terá dinheiro da Prefeitura, nem do Governo do Estado ou Federal. É uma empresa privada que vai explorar o mercado no período de 25 a 30 anos, como sendo um mercado público, gastronômico mesmo”, detalha Klautau.

O Mercado de São Brás será administrado pelo grupo que ganhar a licitação, mas a parte de trás, do Mercado de Carne, ainda será administrada pela Prefeitura. “Os feirantes terão um período para se adaptar e quem não quiser fazer parte dessa área da frente poderá ficar na área do Mercado de Carne, que fica na parte de trás do complexo”, encerra.

(Wal Sarges/Diário do Pará)

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