Santa Casa precisa de novas mães doadoras de leite

A quantidade de mães cadastradas como doadoras de leite materno no Banco de Leite Humano da Santa Casa do Pará não é suficiente para suprir a necessidade de bebês prematuros e filhos de mães com dificuldade de amamentação. A informação é da nutricionista e vice-coordenadora do Banco, Vanda Marvão, que mostra os refrigeradores do centro quase vazios.

“Hoje, temos apenas 150 mães doadoras cadastradas, quando a quantidade ideal é de 300”, alerta. “Temos 160 leitos na nossa unidade neonatal, parte deles de prematuros, que são os que mais precisam do leite doado”, explica.

Segundo Marvão, os bebês prematuros, ou seja, que nascem antes das 37 semanas de gestação, têm a resistência mais baixa e, portanto, correm maiores riscos de infecção e, por isso, são tão necessitados da proteção do leite materno. O mesmo vale para os bebês de baixo peso, abaixo de 2,5 kg. “As mães nem sempre têm condições de suprir essa necessidade, seja por doenças que ocorrem durante a gravidez ou até mesmo por estresse e ansiedade”, continua.

Silmara Souza, 25, por exemplo, teve um filho prematuro de seis meses, que nasceu em fevereiro com 1,140 kg e acabou contraindo uma infecção. A jovem dona de casa, porém, está com dificuldade em alimentá-lo, já que tem gerado apenas 23 ml de leite por dia. “Por isso, a gente precisa usar o leite do banco”, conta. “O papel das doadoras é muito importante, porque existem várias mães que produzem mais leite do que seu bebê precisa e elas podem ajudar mães como eu e muitas outras”, apela.

COMO DOAR

- Para doar, é preciso estar amamentando, apresentar excesso de leite, boas condições de saúde e não usar medicamentos que impeçam a doação.

- O cadastro pode ser feito pelo site da Santa Casa ou pelos telefones 4009-2212/0375/2311.

- Após o cadastro, é preciso agendar a data da coleta que a equipe de bombeiros vai até a casa da doadora,
sem necessidade de
ela se deslocar.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)