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Há uma motocicleta para cada 10 pessoas no Pará

De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), até novembro de 2017 a frota de motocicletas no Pará era de 830.403 veículos, a maior do Norte do País e quase o dobro do total de automóveis que existe no Estado. Uma média de uma moto para ca

De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), até novembro de 2017 a frota de motocicletas no Pará era de 830.403 veículos, a maior do Norte do País e quase o dobro do total de automóveis que existe no Estado. Uma média de uma moto para cada 10 paraenses.

A quantidade de motocicletas é reflexo de uma série de fatores que estimula a aquisição do transporte. Segundo o Denatran, as motos representam 40% do total da frota dos veículos no Estado. A facilidade de conseguir fugir de engarrafamentos e o preço mais baixo são grandes atrativoos. Rafael Cristo, especialista em trânsito, explica que outros aspectos precisam ser analisados.

Segundo ele, apenas 10% dos municípios paraenses possuem transporte coletivo. “Em regra, no mundo se investe em transporte coletivo, que é uma forma sustentável de se trabalhar mobilidade urbana. Mas, a partir do momento em que não existe isso, as pessoas partem para o transporte individual. É o caso da região Norte”. Por outro lado, os riscos no trânsito acompanham esse crescimento. Somente este ano, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, atendeu a 202 pacientes vítimas de acidentes de motocicleta, o que representa 43% dos atendimentos.

“Além disso, a recuperação dessa vítima é longa e o custo é grande, para ela e para o Estado”, acrescenta. Walmero Costa, diretor técnico operacional do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), alerta para as regras que permeiam este tipo de transporte. “É uma questão de conduta. As mesmas regras de um veículo de 4 rodas valem para condutores de moto”. Por outro lado, “a capital não está preparada para a quantidade de motocicletas que já existe”. “O grande desafio é do poder público é a reordenação do espaço público”, reforça.

Piloto sem capacete e mais de duas pessoas em cima de uma motocicleta foram as principais infrações cometidas por motoqueiros flagrados esta semana pelo DIÁRIO em alguns pontos de Belém. Durante os flagrantes da reportagem, não havia nenhum agente de trânsito.

FISCALIZAÇÃO

Para Rafael Cristo, essa realidade aponta para outro fator que contribui para o aumento da frota de motocicletas: falta de fiscalização. “Nas áreas periféricas e bairros povoados da capital e região metropolitana, existe a ausência de fiscalização. E é lá que as infrações são inúmeras e predominantes”, avalia Rafael. Para o especialista, é necessário criar políticas públicas com uma gestão comprometida voltada para a conscientização da população. “A gente percebe que, quando há violência no trânsito envolvendo motocicleta, geralmente está ligada ao excesso de velocidade. Por isso, é necessário implantar a educação e o acompanhamento dos dados estatísticos, programas e ações concretas para reduzir esses números”, considera, apontado para estudos científicos.

NÚMEROS

1.908.543 - É a frota total de veículos circulando no Pará

830.403 - destes veículos são motocicletas

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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