Estudantes protestam contra péssimas condições em escola de tempo integral

Estudantes da escola estadual Temistócles de Araújo, no bairro da Marambaia, em Belém, realizam, na manhã desta quinta-feira (22), um protesto contra as péssimas condições do estabelecimento. Eles se dirigem a uma unidade da Seduc no Entroncamento.

Segundo os alunos, o prédio ficou por dois anos em reforma e após ser entregue em agosto do ano passado apresenta problemas como goteiras e mato alto.

A escola funciona em regime de tempo integral, no entanto, os alunos passam por dificuldades como falta de merenda e climatização precária, onde somente um ar-condicionado foi instalado por sala, sendo que cada uma precisa de dois aparelhos.

Ainda devido a temperatura, os estudantes reclamam que não conseguem usar os espaços de apoio pedagógico como a biblioteca e laboratório de informática que dependem da instalação dos aparelhos de refrigeração.

MERENDA

A alimentação escolar, denunciam os alunos, tem sido a cada dia mais precária. Na quarta-feira (21), o almoço foi sardinha e o cardápio para hoje deve ser o mesmo.

A reclamação aumenta com a constatação de que o tempero para a preparação da refeição não é repassada pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) fazendo com que os funcionários sejam obrigados a tirar do próprio bolso para servir um alimento em condições dignas aos estudantes.

EVASÃO

Por conta da atual situação, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) denuncia um alto índice de evasão escolar.

"Para se ter uma ideia, a escola já chegou a ter 2600 alunos e hoje conta com somente 800 por causa da grande quantidade de evasão. A Seduc está fechando turnos e turmas. No ano passado 54 escolas foram fechadas no Pará e até tradicionais como as Sousa Franco e Cordeiro de Farias correm o risco de fechar", disse Silvia Letícia representante do Sintepp que acompanha o caso.

O DOL solicitou nota a Seduc e aguarda um posicionamento.

(Com informações de Cássia Medeiros/RBATV)