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Carros viram sucata em via pública

Nos anos 80, o respeitado Corcel II chamava atenção por onde circulava. Comercializado pela Ford, Ayrton Senna chegou posar ao lado do carro, considerado o veículo da época. Hoje, na travessa Soares Carneiro, quase na esquina da avenida Senador Lemos, em

Nos anos 80, o respeitado Corcel II chamava atenção por onde circulava. Comercializado pela Ford, Ayrton Senna chegou posar ao lado do carro, considerado o veículo da época. Hoje, na travessa Soares Carneiro, quase na esquina da avenida Senador Lemos, em Belém, um automóvel do mesmo modelo também chama atenção. Mas, o motivo é seu estado de conservação. O carro amarelo ouro, aparentemente está abandonado.

Na capital, a situação se repete em várias vias. Dos bairros mais afastados do centro aos chamados nobres, é possível ver veículos que, por anos, estão estacionados nas calçadas ou parados, ocupando os disputados locais de estacionamentos nas vias públicas. Além do acúmulo de sucata, insetos e pragas urbanas, esses automóveis também são alvos de guerra entre vizinhos. O Corcel II, por exemplo, virou contenda no quarteirão.

Hoje, mesmo estacionado à frente da casa do genro do proprietário- que mora do outro lado da rua-, a vizinhança denuncia: o carro atrai ratos e nunca sai do local. “O dono não cuida, virou lata velha que ocupa espaço na rua. Está há mais de 5 anos parado”, contou um morador que não quis se identificar. Procurados pela reportagem, o parente do dono, que também não revelou a identidade, justifica: “Meu sogro está doente, mas o carro não é abandonado. Está legalizado”.

SUCATA

Sem indício de funcionamento, dois furgões ocupam o lado direito da avenida Bernardo Sayão, no Jurunas. O branco está sem o capô e placas e bancos. Uma das portas permanece arriada ao lado. Já o cinza, encontra-se amassado e com o para-choque destruído. Os carros estão ali há 1 ano, trazendo dor de cabeça. “Os bandidos se escondem neles à noite. De manhã, as crianças brincam e correm riscos de se machucar”, conta uma moradora, que pediu para não ser identificada.

Enquanto a reportagem esteve no local, um homem apresentou-se como proprietário, porém não deu satisfações sobre a situação dos veículos e o porquê deles estarem ali, em via pública, sem qualquer cuidado. “É meu e não está abandonado”, afirmou.

Parado no canal da travessa 14 de Março, no Telégrafo, um Escort verde, também dá sinais do tempo: sem vidros, com a lataria amassada e com poucos fragmentos de tinta, o carro segue por ali, há anos. Os vizinhos, que preferem não se identificarem para evitar possíveis problemas com o proprietário - não encontrado pela reportagem - comentam que o carro já virou até ponto de referência. “Esse entulho fica aí e as pessoas já até sabem quando precisam tirar as peças”, detalha uma moradora. Sem pneus, placa, aos poucos, a sucata, está sendo empurrada em direção ao córrego. “Ainda vão jogar na vala. Outro prejuízo quando chover”, observa.

Um Corcel II está parado há bastante tempo na travessa Soares Carneiro. (Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará)

OMISSÃO

Estacionado à frente de um prédio de classe média alta, na avenida Gentil Bittencourt, em São Brás, um Peugeot escuro também é alvo de muita reclamação. Para os moradores e funcionários do condomínio, o carro, que está exposto ao sol e chuva, compromete a fachada do edifício. Para outros motoristas, ocupa uma vaga em uma região disputada.

“Há 4 anos esse carro está aí. Uma vez veio um mendigo estender roupas nele e o dono fez confusão”, lembra um vizinho. A reportagem procurou o proprietário do carro. No interfone, ele disse ao porteiro que não iria se pronunciar sobre o assunto.

Na travessa Padre Eutiquio, no Centro Comercial, dois carros chamam atenção dos amantes de automóveis. Eles são o Eclipse, fabricado pela Mitsubishi, o auge do importado no Brasil nos anos 90. Por fora eles estão aparentemente inteiros. Contudo, os populares garantem que não saem do lugar há anos. “Trabalho aqui todos os dias, e nunca vi ninguém cuidando deles. Nem acionando o motor”, conta o ambulante Thiago Almeida, 35. Os veículos ficam à frente de um ponto comercial. Procurada, a funcionária do local informou que o proprietário dos automóveis não estava em Belém.

SEMOB

Sobre o assunto, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), informou que, os órgãos de trânsito são responsáveis apenas por fazer a retirada de veículos com placas, quando é possível identificar o proprietário e responsabilizá-lo. Quando estão sem placas já são considerados entulhos ou ferro velho, o que não é mais com o órgão de trânsito.Para retirada desses veículos de via pública, “é preciso caracterizar que está abandonado, e isso parte da denúncia de algum vizinho que identifica que aquele veículo está parado ali tempo demais e com características de abandono”, explica o órgão. A identificação é feita pelos vidros quebrados, pneus furados, etc.“O agente vai até o local e tenta localizar o proprietário, que recebe o prazo de 48 horas para retirar o veículo por conta própria”. Se isso não ocorrer no prazo ou se o proprietário não for localizado, o veículo é guinchado.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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