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Criminalidade aumenta a cada dia de 2018

O soldado Washington Luiz do Rosário foi morto a tiros depois de uma tentativa de assalto no bairro da Pedreira, em Belém, na noite do último sábado (10). Ele é o oitavo policial militar assassinado somente este ano no Pará, e o segundo em menos de 48 hor

O soldado Washington Luiz do Rosário foi morto a tiros depois de uma tentativa de assalto no bairro da Pedreira, em Belém, na noite do último sábado (10). Ele é o oitavo policial militar assassinado somente este ano no Pará, e o segundo em menos de 48 horas na Grande Belém. O crime aconteceu na esquina da avenida Antônio Everdosa com a travessa Humaitá, em frente à casa onde a vítima morava.

Integrante do quadro de reserva da corporação, o soldado estava junto da filha quando dois homens chegaram em um carro preto, se aproximaram e anunciaram um assalto. Um dos suspeitos usava uma camisa com capuz e tomou o celular da menina. O pai reagiu e foi alvejado com vários disparos de arma de fogo na região do tórax. Washington ainda foi socorrido por familiares e levado para um hospital particular, no bairro do Marco, mas não resistiu aos ferimentos. Ele morreu na madrugada de ontem.

Removido para o Instituto Médico Legal, o corpo passou por necropsia e foi liberado no fim da manhã. Até o início da tarde de ontem a PM não havia divulgado nenhuma nota oficial sobre o caso. Já a Polícia Civil informou que as investigações estão sendo feitas pela Divisão de Homicídios, mas até o início da tarde de ontem nenhum suspeito havia sido identificado ou preso.

ATENTADO

Washington Rosário foi o segundo policial militar morto em menos de 48 horas na Grande Belém, durante o Carnaval. Na última sexta-feira (9), o cabo Marcelo Costa de Carvalho também foi assassinado a tiros no bairro do Icuí Guajará, em Ananindeua.

Nos dois casos, os policiais foram executados com tiros no peito, durante assalto, e na frente das filhas. No entanto, o suspeito de matar o cabo Marcelo estava em uma motocicleta, enquanto os acusados de tirar a vida do soldado Washington estavam em um carro, modelo Ônix preto, e um deles vestia uma camisa com capuz.

Moradores vivem com medo da série de crimes frequentes no bairro da Pedreira

Ontem de manhã, o medo e a sensação de impotência diante da violência na travessa Humaitá e na avenida Antônio Everdosa, onde o soldado Washington Rosário foi assassinado, fizeram com que a “lei do silêncio” prevalecesse entre os moradores. Os poucos que conversaram com a reportagem pediram para não ser identificados.
O relato deles logo justifica o pedido de anonimato. “Os assaltos por aqui acontecem todos os dias e a qualquer hora. Sempre rola ‘tiroteio’ por aqui”, disse um morador, desconfiado por falar com a imprensa.

Ao ser questionada sobre o que aconteceu na noite do último sábado (10), a comunidade relatou que houve um assalto. Uma dupla roubou o celular da filha do policial. As duas vítimas estavam na porta de casa. “Só eu escutei quatro tiros. Todo mundo correu para ajudar. Acho que ele (o policial) já saiu daqui morto”, comentou uma dona de casa. “Aqui está demais. É uma área violenta, de muitos assaltos”, acrescentou.

No local do crime, as manchas de sangue ainda podiam ser vistas pela calçada. A residência estava fechada. Toda a família do militar estava para o IML, onde aguardava a liberação do corpo para fazer velório e, em seguida, sepultamento.

A situação de moradia dos policiais é um dos fatores que contribui para que eles sejam mortos de forma violenta no Estado. Segundo a Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros Militar, esse é um dos pontos que as entidades representantes dos militares querem dialogar com o governo do Estado, mas não conseguem.

Genro da vítima, que também é policial, já sofreu atentado

Segundo a Polícia Militar, o soldado Washington Luiz do Rosário é sogro do policial militar Heleno Arnould, o cabo Leno, como é conhecido, que em agosto do ano passado foi vítima de uma tentativa de homicídio, também no bairro da Pedreira.

Na tarde do dia 2 de agosto de 2017, ele Leno estacionou a sua motocicleta em frente a uma oficina mecânica na travessa Timbó, próximo a Antônio Everdosa, onde foi surpreendido por dois suspeitos que se aproximaram em um carro, modelo Fiat, de cor vermelha. Um dos suspeitos, que aparentava ser adolescente, desceu do carro e efetuou vários disparos contra o policial, que reagiu e trocou tiros com a dupla.

Atingido na perna direita, o policial foi levado para um hospital particular e se recuperou. O carro usado pelos suspeitos foi localizado no conjunto CDP, no bairro de Val-de-Cans. Na área onde aconteceu a tentativa de homicídio, as marcas da violência ficaram nas janelas e paredes das casas vizinhas.

(Denilson d’Almeida/Diário do Pará)

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