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Trânsito: mais de mil infrações são cometidas por dia em Belém

De janeiro a setembro de 2017, foram aplicadas por dia uma média de 1.086 autuações pelas principais infrações de trânsito em Belém (veja mais no box). Segundo dados da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), o excesso de velocid

De janeiro a setembro de 2017, foram aplicadas por dia uma média de 1.086 autuações pelas principais infrações de trânsito em Belém (veja mais no box). Segundo dados da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), o excesso de velocidade, avanço de sinal vermelho, estacionamento irregular, trafegar em motocicleta sem capacete e fazer conversão em local proibido pela sinalização foram as irregularidades mais registradas. Entre elas, o excesso de velocidade foi a infração mais comum, com 135.529 autuações. Ao trafegar pelas ruas de Belém as imprudências cometidas no trânsito ficam evidentes: carros em fila dupla ou estacionados nas ciclofaixas; motociciclistas trafegando nas ciclofaixas ou sem capacete; caminhões estacionados na via para descarregar carga, além do avanço no sinal vermelho. São práticas que prejudicam e tornam o trânsito da cidade mais arriscado.

Segundo a professora especialista em Trânsito e Transporte Público da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Federal do Pará (UFPA), Patrícia Bittencourt, essas irregularidades estão ligadas a uma falta de respeito para com as leis de trânsito, o que leva a constantes acidentes. “Tem muita coisa irregular. Acho que não é pressa. É falta de disciplina mesmo, uma questão cultural”, opina.
Para a especialista, falta mais fiscalização para coibir tais práticas nas ruas, faltam mais vagas de estacionamento para comportar a frota que circula pela capital – o que gera estacionamento em calçadas, ciclofaixa e filas duplas, por exemplo. “A frota de veículos cresceu e a malha viária é a mesma. Consequentemente, os problemas tendem a se agravar. Não existe uma única solução. São várias ações em várias frentes para reduzir os problemas”, pondera.

AÇÕES

Dentre as ações, a especialista cita o sistema de transporte público que precisa ser melhorado para atrair usuários do transporte particular individual, o que pode diminuir o índice de acidentes, liberar vagas de estacionamento e dar mais fluidez ao trânsito. Patrícia acredita que a cidade também poderia adotar o estacionamento rotativo, além de ser trabalhada a questão do transporte escolar como uma alternativa segura e que pode minimizar as filas duplas na frente de escolas. “Os espaços públicos não podem ser ocupados indefinidamente. Tem de haver organização no trânsito. A própria sinalização das vias precisa ser melhorada com equipamentos mais modernos, assim como a estrutura física das vias”, pontua.

Desrespeito nas ruas

O técnico em edificações João Felipe Sena, 62 anos, depende do transporte público e vivencia diversas dificuldades que os pedestres enfrentam para se locomover na cidade. “As piores coisas são os sinais de trânsito e os motoristas imprudentes. Às vezes, a gente vai atravessar, o sinal não está funcionando e os motoristas não param. Você tenta pegar um ônibus, mas eles queimam as paradas”.
Já o taxista José Elnatam, 50, trabalha em ponto de táxi, no bairro da Pedreira, onde há somente três vagas de estacionamento. Embora exista uma placa afixada no local informando que são vagas destinadas a eles, em algumas situações os taxistas precisam pedir para os condutores de veículos particulares estacionarem em outros locais. “As pessoas são apressadas e há uma quantidade grande de carros. Já sofri acidente com danos materiais porque um veículo avançou o sinal vermelho. Somente essa semana houve 3 acidentes graves na Pedro Miranda, inclusive com morte”, comenta.

Dificuldade em ser ciclista

Quando o técnico em refrigeração José Cardoso, 44, precisa sair de casa, ele já fica ciente de que enfrentará riscos no trânsito e uma verdadeira maratona para conseguir chegar ao local desejado. Morador da avenida Senador Lemos, José diz que seu transporte principal é a bicicleta. Mas afirma não ser fácil utilizar esse meio de transporte em Belém. “A gente tem de redobrar a atenção. Sempre ando pela Antônio Everdosa e Lomas e os motociclistas pegam a ciclofaixa na contramão. Certa vez um carro fez uma curva na ciclofaixa e parou quase em cima de mim. Tenho muito cuidado com os freios da bicicleta para evitar acidentes nessas horas”, lamenta.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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