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Documentário sobre o grupo de banguê Remansinho será exibido em Cametá

No próximo domingo (11), às 18h30, será realizada a exibição do audiovisual “Remansinho, banguê de Cametá” para comunidade ribeirinha do Rio Tentem, na região do baixo Tocantins. O filme é resultado das pesquisas realizadas na região durante os anos de 20

No próximo domingo (11), às 18h30, será realizada a exibição do audiovisual “Remansinho, banguê de Cametá” para comunidade ribeirinha do Rio Tentem, na região do baixo Tocantins. O filme é resultado das pesquisas realizadas na região durante os anos de 2016 e 2017 e conta as memórias de pescadores residentes nas ilhas de Cametá, nordeste paraense, que se uniram para fazer música durante as tradicionais festas de Reis e virada de ano.

O filme dirigido e editado por Paulo de Castro, estudante de jornalismo da Estácio FAP e membro do projeto de Extensão Cartografias Amazônicas, conta essa história que acontece a 38 anos religiosamente quando os músicos pescadores saem pelos rios do município se apresentando de casa em casa e mantendo a tradição do banguê, ritmo que surgiu logo após a abolição da escravatura no Município de Cametá, com a chegada de negros fugitivos descendentes de escravos africanos que trabalhavam nos engenhos de cana-de-açúcar da Ilha do Marajó.

As memórias do grupo estão imersas na visualidade amazônica e são contadas em viagens de barcos pelos furos do rio Tocantins. João Tenório e seus filhos mostram um pouco do cotidiano da vida ribeirinha: a conversa no trapiche, o embalo na rede e o cotidiano do pescador ou mariscador, como ele mesmo se define, que diariamente coloca e retira o matapi do rio na esperança de capturar camarão. Além disso cantam, tocam e falam de seu processo criativo.

As composições que apresentam seguem duas vertentes. De um lado existem as músicas sagradas que falam da fé, religiosidade, esperança e se convertem em bênçãos nas apresentações em dia de reis. Do outro lado há uma vertente musical, mais profana, que faz uma crônica do cotidiano do Brasil e falam de corrupção, eternizam a tragédia do naufrágio de bois de Barcarena, a vida do mariscador, tudo vira mote para as mais de 60 músicas do Banguê Remansinho.

“Eles mantêm a tradição cabocla de se apresentar sentados no chão, em roda, como sempre fizeram nas vilas de Cametá e com suas letras fazem uma interface entre a vida ribeirinha e as narrativas da realidade midiatizada nos meios de comunicação de massa”, explica a professora Viviane Menna, que coordena o grupo.

Em 2016 o grupo, formado por João Tenório, 52, fundador e compositor da maioria das letras, que toca violão, e seus filhos Adnilson (reco-reco), Gerson Andrey (onça) e Jerry Santos (zabumba), além dos amigos Márcio e Elizeu (tamborim) e Edinho (sanfona de bambu) se apresentou no TEDx em Belém. Em 2017 se apresentou no Sesc Boulevard e no “Arraial de Todos os Santos”, da Fundação Cultural do Pará. No mesmo ano ganharam o prêmio SEIVA. Certamente um reconhecimento pela contribuição do grupo para manutenção dessa importante manifestação cultural.

Serviço

Exibição do audiovisual “Remansinho, banguê de Cametá” de Paulo Castro

Onde? Casa do João Tenório na comunidade ribeirinha do Rio Tentem, em Cametá

Quando? 11 de fevereiro às 18h30

Programação Gratuita

(Com informações da assessoria)

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