Mesmo sendo o bairro de um dos maiores shoppings centers da cidade e ser conhecido pelos ateliês de arte, boutiques e restaurantes de renome, o Reduto atualmente está ganhando fama pela insegurança. Assim como no restante de Belém, os moradores e comerciantes reclamam de assaltos constantes, tiroteios e até homicídios.
Na noite de quinta-feira (25), o cabo Júlio da Polícia Militar (PM) foi vítima de uma tentativa de assalto, na rua Ó de Almeida, entre Piedade e Benjamin Constant, mas reagiu e atirou no assaltante. No entanto, mesmo baleado, o assaltante conseguiu fugir de carro com um comparsa. Para a população do entorno, a criminalidade está insuportável.
O proprietário de um estabelecimento de alimentação denunciou que todo dia tem assalto por ali. “Era um bairro seguro, mas agora virou área vermelha”, disse ele. Outro comerciante relatou que pouco se vê ronda da Polícia pelo bairro. “Agora estão roubando não só de motocicleta e de carro particular, mas até de táxi. Andar de noite sozinho por aqui é pedir para ser roubado”, afirmou.
Padarias viraram alvos de criminosos
Na tarde de quinta-feira (25), duas padarias foram assaltadas no Reduto. E o pior: os bandidos fizeram questão de mostrar a cara. A primeira foi uma panificadora da Manoel Barata com Benjamin Constant. De acordo com um funcionário do estabelecimento, que preferiu não se identificar, dois homens bem vestidos entraram logo na hora em que a padaria abriu, às 15h40, e pediram lanches e refrigerantes. Sentaram, serviram-se e em seguida pagaram e foram embora. Pouco tempo depois, no entanto, eles voltaram e ficaram do outro lado da rua apenas observando. Foi quando um cliente chegou de motocicleta e entrou na padaria e, então, os dois criminosos sacaram as armas, anunciaram assalto e levaram o veículo. Nada do estabelecimento foi roubado.
Cerca de 20 minutos depois, mais uma padaria, ali próximo, na Travessa Rui Barbosa com Aristides Lobo, foi assaltada, dessa vez dois sujeitos assaltaram pertences de clientes e o dinheiro do caixa e fugiram. O funcionário da primeira panificadora disse que os dois locais têm câmeras de vigilância e que eles devem olhar as imagens de circulação para verificar se foram os mesmos criminosos.
Os assaltantes não contavam com uma questão: o cliente, proprietário da motocicleta, possuía um dispositivo de segurança que fazia o veículo parar de funcionar em caso de roubo. Portanto, o cidadão conseguiu ir atrás e recuperar a motocicleta na Travessa Quintino Bocaiuva, onde estava largada sem ninguém. A panificadora da Manoel Barata, segundo o funcionário, já foi assaltada há um ano, quando levaram pertences de clientes e dinheiro do caixa.
(Alice Martins Morais/Diário do Pará)
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