Os altos índices de violência em Belém e Região Metropolitana têm alarmado não só os moradores, mas as autoridades de segurança pública. Prova disso foi a reunião realizada pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio do promotor de Justiça Armando Brasil, com a Corregedoria da Polícia Militar, que decidiu instaurar um inquérito policial militar para apurar os homicídios com características de execução em Belém.
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"A reunião foi excelente para nos orientar quanto ao método de atuação e investigação. Daqui em diante, seguiremos uma linha rígida para apurar todos os casos com características de execução", explica Brasil.
MUNIÇÕES POLICIAIS
O promotor ressalta a motivação do inquérito que foram os cartuchos '.40' usados pelos autores das supostas execuções. "Uma das coisas que nos chamou a atenção foram os usos de cartuchos .40 que recolhemos nas cenas dos crimes, pois são munições usadas pelas polícias Militar e Civil".
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CARROS PRETO & PRATA
Os carros preto e prata contribuíram também para o aumento nos números das execuções. Um levantamento realizado pelo DOL conferiu 78 mortes dessas características na Grande Belém em 2017.
Questionado se há um perfil traçado desses “algozes dos carros” e se foi discutida uma forma de inibir as ações dos integrantes "dos carros preto e prata", o promotor foi direto: "Sim, já temos um perfil e pretendemos entrar com prisões preventivas, mas não posso dar mais detalhes para não comprometer as investigações".
(Fernanda Palheta/DOL)
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