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Enquanto o prefeito viaja, Belém fica tomada de lixo

O prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, viajou para a Europa, onde deve passar o réveillon em Paris, na França. Ele deve passear, até o dia 9 de janeiro, pelas ruas limpas das cidades europeias, em um tour que passará também por Portugal. Tudo certo, se a

O prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, viajou para a Europa, onde deve passar o réveillon em Paris, na França. Ele deve passear, até o dia 9 de janeiro, pelas ruas limpas das cidades europeias, em um tour que passará também por Portugal. Tudo certo, se a cidade em que ele foi eleito para administrar não estivesse com problemas na coleta de lixo, deixando os moradores revoltados com o mau cheiro, as doenças e a paisagem degradante espalhada pela capital.

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É o que pode ser observado, por exemplo, em parte do bairro da Pedreira. Na frente das casas é comum as sacolas com lixo doméstico estarem penduradas em frente às residências ou colocadas nas calçadas. À beira de canais a situação é ainda pior: o lixo se mistura aos entulhos, obstruindo as vias.

Morador da passagem Santa Luzia, o analista de controle de qualidade André Luiz Santos, 38 anos, conta que há algumas semanas a coleta está atrasando, o que tem gerado o acúmulo dos resíduos. Naquela área, a retirada costumava ser feita todas as noites. Mas nas duas últimas semanas, o carro de lixo começou a passar somente de quatro em quatro dias. “É desconfortável acontecer isso em pleno fim de ano. Acumula e atrai roedores, os cachorros rasgam as sacolas... se chover fica pior ainda”, reclama.

A situação se repete no Canal do Galo, esquina com a travessa Coronel Luís Bentes, no bairro do Telégrafo. Uma grande quantidade de entulhos, lixo doméstico, carcaças de eletrodomésticos e até pneus ocupam a beirada do canal e, consequentemente, dificulta o ir e vir de pedestres e impedem o trânsito no local. Além de ser um caso de saúde pública, já que, em época de chuvas, existe o risco de proliferação de mosquitos com a água parada. “O normal é o carro do lixo passar quatro vezes por semana. Ultimamente tem passado duas vezes. Se demorar uma semana o lixo toma conta da rua toda”, diz o borracheiro João Rodrigues, 40, morador da travessa.

EFETIVO

No dia 13 deste mês, trabalhadores terceirizados da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) fizeram um protesto na avenida Almirante Barroso para exigir pagamento de salários atrasados dos garis e caçambeiros que excutam o serviço de limpeza na capital. Na ocasião, os manifestantes denunciavam que os caçambeiros estavam há seis meses sem receber e garis há dois meses e ainda sem o pagamento do 13º salário.

Representante dos trabalhadores, Odirley Fonseca, 37, informou que os salários dos garis foram pagos e aguardam o pagamento do 13º salário para janeiro. Já os caçambeiros ainda não teriam recebido. “50% do maquinário e efetivo de garis não estão trabalhando. Ou seja, o serviço de coleta de lixo não está 100%”, disse ele, ao apontar que esse seria um possível motivo de atraso na coleta domiciliar.

Na Pirajá, moradores fizeram protesto

Não suportando mais o mau-cheiro e tanto lixo espalhado à beira do canal da Pirajá, no bairro da Sacramenta, em Belém, moradores resolveram protestar e fecharam a rua, na esquina com a travessa Enéas Pinheiro. Na tentativa de chamar a atenção do poder público, a população ateou fogo no próprio lixo. O protesto foi realizado na noite de quarta-feira (27) , mas até agora nenhuma providência foi tomada para resolver o problema.

De acordo com a diarista Silvia de Souza, de 29 anos, moradora na vila Santa Catarina, a poucos metros do canal, a comunidade se reuniu para reclamar publicamente por que há pelo menos um mês não é feita a coleta seletiva de lixo no local. Cerca de 500 famílias que moram perto do canal são vítimas do mau-cheiro e precisam conviver com a sujeira. “A gente liga para a Prefeitura e ninguém vem limpar. Isso tem piorado a cada dia. As nossas crianças não podem mais brincar na rua por que esse lixo atrai ratos e doenças. Nem sentar mais na porta de casa podemos por causa do fedor”, se revolta Silvia. Além do lixo doméstico deixado pelos próprios moradores, há pneus, restos de móveis e veículos acumulado à beira do canal.

Moradores da Pirajá fecharam a via com o próximo lixo e entulho acumulado (Maycon Nunes/Diário do Pará)

Em nota, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) disse que “está apurando os locais onde estão ocorrendo falhas de coleta do lixo domiciliar e notificando as empresas responsáveis pela realização do serviço”.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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