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Família explica por que homem foi colocado à força dentro de carro na Batista Campos

Na última quarta-feira (27), testemunhas presenciaram um homem sendo colocado à força dentro de um carro no bairro da Batista Campos. Parte da ação foi filmada e chocou alguns internautas. No início da tarde desta sexta-feira (29), o DOL recebeu Alexandr

Na última quarta-feira (27), testemunhas presenciaram um homem sendo colocado à força dentro de um carro no bairro da Batista Campos. Parte da ação foi filmada e chocou alguns internautas.

No início da tarde desta sexta-feira (29), o DOL recebeu Alexandre Esaú, o motorista do carro que aparece no vídeo, acompanhado da mãe de Diego Candido Veioso Ferreira, de 31 anos, o homem que é colocado à força dentro do carro.

Em entrevista, Alexandre explicou que a ação consistia em uma remoção de Diego para levá-lo a uma comunidade terapêutica, chamada "Centro Terapêutico de Resgate". A abordagem feita por Alexandre e o colega, que aparece de blusa branca no vídeo, teve início em uma boca de fumo localizada na Rua dos Tamóios, no bairro do Jurunas, em Belém.

"A família dele nos ligou e disse onde ele estava. Fomos até o local e conversamos com ele, que estava junto da companheira. A conversa foi produtiva, o Diego quis ir com a gente e a mulher dele também. Mas na altura do supermercado, na Batista Campos, nós paramos para comprar água, foi aí que a mulher saiu e foi seguida pelo Diego para a área do caixa. Eu saí para falar com ele, mas ele puxou uma faca e ainda me acertou, então eu apliquei uma gravata e o conduzi para dentro do carro", relatou Alexandre, mostrando a mão direita levemente ferida.

O vídeo abaixo mostra o momento em que Diego é colocado à força para dentro do carro:

FILHOS ABANDONADOS

A mãe de Diego, que pediu para não ter o nome revelado, justificou a internação porque o filho e a companheira dele são dependentes químicos e estão fora de casa há quase um mês, deixando para trás duas crianças, uma de dois anos e outra de três. Ela alega que o casal passou a morar na rua após se entregar para o mundo das drogas. E que o pai das crianças já tinha sido internado outras vezes, sendo 1 ano e 4 meses o maior tempo dessas internações.

"A nossa família já conhece o trabalho do Alexandre na comunidade terapêutica, até o Diego conhece ele. Infelizmente vivemos nessa batalha para tirá-lo dessa vida. Desde outubro, quando eu paguei um kit net para ele e a companheira morarem com os filhos, eles raramente paravam em casa; quando eu comprava botijões de gás, eles vendiam (eram sete em menos de um mês). E antes mesmo de tudo isso acontecer, eu já cuidava do filho mais velho deles. Sabe quem me ligou dizendo que o mais novo tava abandonado na casa? A proprietária, mas agora quem vai cuidar do mais novo serei eu", relata emocionada.

PROCEDIMENTOS

A forte repercussão do vídeo levou a família de Diego e a equipe do centro terapêutico à registrarem um Boletim de Ocorrência para explicar toda a ação registrada no bairro da Batista Campos, na última quarta-feira (27).

Diego já começou os tratamentos e todos os envolvidos torcem por um final feliz. Enquanto isso, a companheira dele continua desaparecida, na entrevista eles sugerem que ela ainda esteja nas ruas.

INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA

O advogado e mestre em Segurança Pública, Brenno Miranda, esclarece os três tipos de internação: a voluntária, a involuntária e a compulsória. Em todas é necessária a avaliação médica que comprove que o dependente químico a ser internado não tenha mais condições de responder por si.

"Os casos de internação voluntária partem do próprio dependente químico. Já a involuntária é quando o dependente não aceita e o pedido vem de terceiros, geralmente pela família, assim é feito um pedido por escrito e o centro de internação responsável comunica o Ministério Público. Por fim, há a internação compulsória que é uma decisão da Justiça e independe do pedido familiar", explica Miranda.

No início desse ano, a 'Cracolândia' foi palco de uma internação compulsória após a Prefeitura de São Paulo exigir que todos os dependentes químicos da área fossem internados, mas a ação foi considerada ineficaz e contraproducente.

(Fernanda Palheta/DOL)

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