Belém e seus problemas. O que você daria de presente para a capital?

Se você pudesse realizar um desejo para Belém, qual seria? Com mais de 1,4 milhão de habitantes, a Cidade das Mangueiras é lembrada carinhosamente como um espaço de memória e cultura forte e cheia de riquezas naturais, mas, ao mesmo tempo, como um local atingido por diversos problemas de falta de gestão. Por isso, alguns belenenses falaram ao DIÁRIO os presentes de Natal que, se pudessem, dariam para a cidade, como mais segurança, saúde e um melhor sistema de trânsito urbano.

O engenheiro José Monteiro, 58 anos, por exemplo, acredita que Belém merece uma prefeitura mais atuante. “O prefeito só apostou no BRT e nem isso entregou direito à população. A gente viaja e vê por aí um BRT tão bem definido e aqui foi uma obra muito mal feita”, afirma. Além dessa questão, o engenheiro avalia que as praças públicas e mercados municipais também carecem de atenção, já que, no seu ponto de vista, estão abandonados. A atendente Bianca Mendes, 23, inclusive, observa que a falta de cuidado ao patrimônio é um descaso ao valor histórico da cidade. “Belém é uma cidade histórica muito bonita, mas as praças e as próprias ruas estão muito degradadas. Eu pediria de Natal que tanto a população quanto o poder público tivessem mais zelo nesse aspecto”, deseja.

A técnica em enfermagem Betânia Nunes, 36, por sua vez, acredita que um grande presente para Belém seria uma mudança de políticos. “Está faltando muita coisa. Então, precisamos ter políticos que estejam realmente preocupados com a cidade. Falta organização, escolas e melhorias nas ruas. A saúde praticamente não existe. Não tem hospital, posto de saúde, atendimento, medicamento, nada”, declara.

SEGURANÇA

O pedreiro Anderson Silva, 23, disse que não saberia nem por onde começar a lista de pedidos a Papai Noel. “São muitas melhorias que Belém precisa, mas principalmente eu desejaria que o trânsito ficasse melhor. Quanto ao BRT, não adianta de muita coisa. A gente tem de esperar muito tempo para se locomover do centro a bairros mais afastados”, conta. Já para o cabeleireiro Geferson Oliveira, 23, o problema central de Belém é a segurança. “A gente que mora na periferia precisaria ganhar de Natal um maior policiamento. A cidade é linda, mas está muito perigosa”, aponta.

(Alice Martins Morais/Diário do Pará)