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Veja como montar seu negócio a partir de R$ 7

Sete reais. Esse foi o primeiro investimento que levou a administradora e empresária Renata Picorelli, 30 anos, a montar sua própria loja de acessórios no bairro do Umarizal, em Belém. Sem pretensão de fazer disso sua principal fonte de renda, ela começou

Sete reais. Esse foi o primeiro investimento que levou a administradora e empresária Renata Picorelli, 30 anos, a montar sua própria loja de acessórios no bairro do Umarizal, em Belém. Sem pretensão de fazer disso sua principal fonte de renda, ela começou com a venda de apenas um par de brincos pela internet e hoje é a prova de que, com criatividade e organização, é possível empreender com pouco dinheiro.

Essa necessidade surgiu quando Renata perdeu a bolsa integral que possuía para cursar administração. Para conseguir concluir a faculdade, ela começou a vender brigadeiros, mas logo a prática foi impedida dentro da sala de aula. Foi então que ela começou a vender roupas e bijouterias usadas em um brechó virtual, mas sentiu dificuldade de ir atrás dos produtos por causa da falta de tempo.

A ideia de começar a vender bijouterias novas surgiu quando ela comprou um par de brincos por R$7. Inicialmente, o acessório seria para uso pessoal, mas ela resolveu ‘testar’ o poder de oferta e procura da internet por meio de uma rede social. “Comprei o brinco por R$7 e consegui vender por R$14. Com esse dinheiro já consegui comprar dois brincos e dos dois eu fiz quatro e por aí foi”, conta. “Eu queria pagar a minha faculdade e acabou acontecendo tudo isso”. Renata percebeu que precisaria dar um passo à frente quando a sala de sua casa ficou pequena para receber a grande quantidade de clientes interessadas nas bijouterias.

POUPANÇA

Das vendas pela internet e em casa ela conseguiu fazer uma poupança de cerca de R$4 mil. Foi com esse valor que, há sete meses, ela montou uma loja física da ‘Chic Joia Store’: pagou aluguel, mudança, fez investimento em mercadorias e equipou o espaço.

Como, na época, ainda fazia faculdade de administração, Renata acredita que o conhecimento adquirido a ajudou a prosperar. E já pensa em continuar se qualificando: está em busca de uma pós-graduação em marketing. De qualquer modo, qualquer nova atividade que venha a desenvolver terá de ser conciliada com a loja, que ela não pretende deixar nunca. “Hoje não consigo me ver fazendo outra coisa”.

ARTIGOS DECORATIVOS QUE DERAM MUITO CERTO


Trabalho de Anita teve como inspiração um aniversário de casamento. (Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará))


Apesar da vontade, a possibilidade de empreender também parecia distante para a jornalista Anita Brasil, 29 anos. Mas a oportunidade surgiu de onde ela menos esperava. Em outubro de 2016 os avós de Anita completaram 70 anos de casados e o envolvimento da neta nos preparativos da festa foi o que despertou a criatividade para os negócios. “Eu fiquei responsável pela decoração da mesa. Então, quando eu fui às lojas atrás das caixetas para doces, vi que eram muito caras”.

Foi neste momento que Anita partiu para a internet para tentar aprender a produzir as próprias formas decorativas para doces. Na rede ela percebeu que existia um ramo voltado para essa área, com oferta de cursos e materiais específicos. Além de contribuir com a decoração da festa dos avós, a busca pelo conhecimento e as habilidades manuais da jornalista a levaram a abrir, há cerca de um ano, a ‘Forminhas De.Coração’. O investimento inicial foi de cerca de R$3 mil, o que lhe possibilitou comprar algumas máquinas e material. “Eu sempre pensava em abrir uma franquia porque é uma coisa certa, mas sabia que não tinha nenhuma por menos de R$50 mil”, lembra. “Mas eu vi que o negócio das forminhas foi acontecendo. Com pouco eu consegui uma coisa legal”.

Para que o empreendimento prosperasse, Anita utilizou a internet não apenas para comprar os materiais, como também para divulgar o trabalho. Com um mostruário já produzido, ela fez uma pagina em uma rede social e começou a seguir decoradores, cerimonialistas, confeiteiros e demais pessoas que pudessem necessitar do seu trabalho.

Aos poucos as pessoas foram encontrando o empreendimento da jornalista e ela acumulava 16 encomendas apenas no mês passado. Cada qual tem uma demanda variada que pode ir desde 300 a até 4 mil forminhas por evento. Diante do aumento na procura pelo produto, ela já precisou contratar um ajudante. “É uma coisa simples, mas que demanda muitos processos: corte, tingimento, montagem, formato. Eu já virei noite sem dormir para entregar as encomendas, mas eu espero crescer ainda mais”.

DÁ PRA EMPREENDER ATÉ COM R$ 50

Evidenciado nos exemplos de Renata, Anita e Julyana e Derick, a possibilidade de empreender com pouco investimento financeiro é confirmada pela gerente do escritório metropolitano de Belém do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Leda Magno. A especialista garante que, dependendo do modelo de negócio, é possível iniciar o seu próprio negócio com R$100 e até R$50.

Diante do cenário de retração da economia, Leda destaca que muitos empreendimentos estão surgindo motivados pela necessidade. Por isso mesmo, a possibilidade de abrir um negócio com um investimento não muito alto é fundamental. A crise não é, necessariamente, um obstáculo. “O empreendedor consegue enxergar em uma necessidade a oportunidade de negócio. Onde todo mundo vê problema, ele vai para buscar a solução”.

Independentemente do investimento disponível, porém, para se montar um negócio é necessário, em primeiro lugar, entender o consumidor. A recomendação do Sebrae é de que o empreendedor estruture basicamente um plano de negócios. É preciso assimilar a contextualização do negócio que se pretende iniciar: entender a estrutura da empresa que se quer montar, entender o mercado, as preferências de consumo, o tipo de negócio em que se vai investir e se é viável para aquela localização. A representante do Sebrae Leda Magno dá algumas orientações básicas para quem pretende empreender.

INVESTIMENTO DE R$ 60 EM AULA DE GASTRONOMIA

O conhecimento proporcionado pela profissão escolhida também foi o pontapé inicial para o negócio dos gastrônomos Julyana de Melo, 30, e Derick Diniz, 29. Recém-formado na segunda faculdade e em viagem à cidade do Rio de Janeiro, Derick teve conhecimento de uma prática crescente de oferta de aulas de gastronomia na própria residência dos chefs. Imediatamente ele ligou para Julyana e daí surgiu a parceria que culminou no nascimento da ‘Gastro Home’.

Para que o empreendimento saísse do campo das ideias e fosse colocado em prática, foram investidos R$30 por Derick e mais R$30 por Julyana. “Nós usamos esses R$60 para comprar os materiais que seriam usados nas aulas e buscamos parcerias com empresas alimentícias”, diz Derick.

Derick e Julyana dão cursos de gastronomia. (Foto: Ricardo Amanajás/Diário do Pará)

Utilizando um espaço amplo da casa de Julyana, o empreendimento oferece cursos de gastronomia, normalmente na área de panificação e confeitaria. Além de aprender a fazer os alimentos na prática, os encontros realizados aos sábados possibilitam que os alunos tirem dúvidas, troquem experiências e ainda experimentem as delícias produzidas. O curso dura cerca de 5h e possui um limite de no máximo 10 participantes por turma. “A 1ª turma foi sobre comida fit e lotou. Os alunos foram indicando para amigos e novos alunos começaram a nos procurar”.

Na época do halloween, todos os sábados do mês foram preenchidos por turmas do curso. Ainda durante a graduação em gastronomia, nenhum deles imaginou que poderia iniciar um negócio na área com tão baixo investimento. “Quando se está na faculdade a maioria das pessoas pensa em abrir o seu restaurante. Mas quando a gente vai estudar tudo o que é necessário para montar uma cozinha é bastante assustador”, lembra Julyana. “Eu sempre pensei que precisaria de muito dinheiro para começar um negócio próprio e isso estava muito distante”.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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