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'Agressões são rotina', diz sindicato sobre trabalhador da Celpa baleado

O baleamento de um funcionário terceirizado da Celpa na terça-feira (21), no bairro do Guamá, em Belém, chocou a população da capital paraense, mas para quem trabalha na área, infelizmente, o caso não foi surpresa. Profissionais afirmam que a falta de seg

O baleamento de um funcionário terceirizado da Celpa na terça-feira (21), no bairro do Guamá, em Belém, chocou a população da capital paraense, mas para quem trabalha na área, infelizmente, o caso não foi surpresa. Profissionais afirmam que a falta de segurança é uma realidade cotidiana, entre acidentes e agressões.

O trabalhador vistoriava uma unidade consumidora na passagem Mucajás, quando sofreu o atendado. O atirador, Deivid Campos da Costa é morador da área e discutia com o funcionário. O momento do crime foi filmado.

Assista:

Segundo Adamor Nunes, presidente do Sindicato dos Eletricitários do Pará (Sindelpa), casos de violência são constantes. "É triste, mas não podemos dizer que ficamos chocados. São casos quase diários de violência, é uma situação bem complicada. O trabalhador está sempre correndo riscos", afirma.

"Trabalhamos em vias públicas, e o comércio de energia não pode parar. Sempre tem que haver manutenção, fiscalização e a suspensão do serviço, quando necessário. Mas há uma série de problemas, como diminuição do número de equipes atuando", continua Adamor. "Isso causa uma demora no atendimento. Aí, quando você entra em uma área de comércio, que está há três dias sem energia por um problema, a população está revoltada, querem bater na gente. Não entendem que a culpa não é do funcionário", completa.

Ainda de acordo com o presidente, o sindicato reivindica algumas medidas para tentar mudar o panorama da insegurança entre os trabalhadores, como maior número de funcionários e escolta armada. "Durante algum tempo, até chegou a valer uma determinação para que os carros entrassem em determinadas áreas apenas em comboio de três veículos, com escolta armada, mas isso acabou", afirma Adamor. "Nosso trabalho é de risco, precisamos de escolta armada. Mesmo em casos não tão drásticos como o de ontem, agressões são rotina. Se policiais estão armados para checar denúncias de furto de energia, por que nós ficamos desprotegidos?".

O sindicato ainda afirma que a insegurança é generalizada. "Não estamos sujeitos só a agressões. Há o risco de choque, pricipalmente para trabalhadores sem experiência, risco de queda. Na semana retrasada, um trabalhador de 22 anos morreu em um acidente de moto durante o serviço, sendo que a determinação é que ele só podia trabalhar de carro. São situações que colocam em risco nossas vidas", completou Adamor.

Procurada pela reportagem, a Celpa se manifestou através de nota, informando que o entende que o crime não foi cometido apenas contra um "trabalhador e pai de família, mas também contra o serviço de distribuição de energia". Sobre as denúncias do sindicato dos eletricitários, a empresa afirma que esta organização "não representa a categoria de terceirizados da Celpa, conforme decidiu a justiça". A empresa esclarece ainda que continuará "trabalhando para que a família da vítima tenha toda a assistência necessária", finaliza a nota.

(DOL)

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