Jovens fazem trabalho voluntário em outros países

Addam Gonçalves, um estudante de 20 anos, do curso de Ciências da Religião, estava ansioso para pôr em prática seu espanhol, depois que terminou seu curso do idioma no início desse ano. Através de uma amiga, ele então descobriu a AIESEC, uma ONG internacional de intercâmbios sociais voltados para jovens, que lhe permitiu passar 6 semanas em Bogotá, na Colômbia, realizando um projeto de educação artística com crianças carentes. Durante a experiência, Addam afirma ter ainda conhecido uma cultura nova, desenvolvido sua empatia e amadurecido como pessoa. “Foi realmente incrível”, garante.

E ele não foi o único. Desde sua criação, em 2012, o comitê de Belém da AIESEC enviou quase 100 jovens para realizarem trabalhos voluntários em diversos países do mundo, com foco na América Latina e Leste Europeu, segundo o diretor local de intercâmbios da organização, Luiz Henrique de Sá. As ações são direcionadas para jovens entre 18 e 30 anos. “Quanto mais jovens tivermos impactando o mundo, mais líderes teremos para a nossa cidade e maior será o benefício para a população de Belém”, argumenta, ao esclarecer que é objetivo da ONG desenvolver liderança nos jovens do mundo inteiro para que eles retornem capazes de transformar as realidades de suas cidades.

A entidade é reconhecida pela ONU. Este ano, 33 jovens já viajaram pela AIESEC em Belém, entre eles a estudante de pedagogia Sarah Cardoso, 20, que está em Córdoba, na Argentina, desde o início do mês ajudando crianças a terem uma educação de qualidade. Ela realiza o projeto em uma ONG, aonde as crianças vão depois da escola para serem incluídas socialmente e afastadas da criminalidade. “Eu sabia que conhecer outras crianças, totalmente diferentes das que dou aula no Brasil, iria reinventar a forma como ensino. É uma experiência que vai agregar muito no meu currículo como professora”.

ZONA DE CONFORTO

Já o engenheiro de produção Niels Tahara, 23, ainda está no aguardo de sua viagem ao Cairo, no Egito, que começa apenas em janeiro de 2018. “Vou passar dois meses lá contribuindo com um trabalho voluntário para divulgar o potencial turístico do país e ajudar em seu desenvolvimento econômico”, explica o futuro intercambista. Ele já fez um intercâmbio antes, pela universidade, em 2013, quando passou um ano na Carolina do Norte, nos EUA. Dessa vez, no entanto, ele queria ir para um lugar que fosse completamente diferente da realidade. “É bom pra você como pessoa, te dá autoconhecimento, uma compreensão melhor do mundo e desenvolve tuas habilidades pessoais”, compartilha.

EVENTO REÚNE VOLUNTÁRIOS ESTRANGEIROS

Na próxima sexta-feira (24), a Aiesec em Belém vai realizar um evento cultural na Casa Oiam, no bairro da Campina, das 9h às 20h onde estarão alguns intercambistas estrangeiros e outros de Belém, que já voltaram, e vão compartilhar suas experiências.

Para participar, basta se inscrever na plataforma virtual no site nacional da organização e preencher o formulário. Após isso, o intercambista paga uma taxa de manutenção de R$ 1.545 reais. Ao ser selecionado, ele entra no processo da escolha do país e das datas do projeto. Com a chegada da Black Friday, porém, os interessados pagarão R$ 700, válido, em desconto válido até o dia 24 de novembro. O pagamento poderá ser feito em boleto ou cartão. Esse valor não cobre as passagens aéreas e os gastos pessoais da viagem, mas servem para a manutenção da organização que dá todo o suporte e acompanhamento necessário para a experiência, o que inclui hospedagem, busca no aeroporto, reuniões semanais e outros benefícios que mudam de acordo com o país de destino.

Para ter acesso ao desconto, é necessário se inscrever no programa através do linkbrasil.aiesec.org.br/ blackfriday. Há vagas para intercâmbios que iniciam até dezembro de 2018. A casa Oiam fica na rua Arcipreste Manoel Teodoro, nº 616 (entre Padre Eutíquio e Presidente Pernambuco), bairro da Campina.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)