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Espaço cultural no Guamá é abandonado por Zenaldo

O prédio onde havia práticas de atividades físicas e esportivas, como ginástica, balé e futebol agora está saqueado, depredado, sujo e ocupado por usuários de drogas. Essa é a realidade em que se encontra o antigo Espaço Cultural Mestre 70, da Prefeitura

O prédio onde havia práticas de atividades físicas e esportivas, como ginástica, balé e futebol agora está saqueado, depredado, sujo e ocupado por usuários de drogas. Essa é a realidade em que se encontra o antigo Espaço Cultural Mestre 70, da Prefeitura de Belém, localizado na avenida José Bonifácio, bairro do Guamá.

O cheiro de fezes, urina e drogas exala desde a entrada. O lixo toma conta de todos os espaços do prédio de dois andares. Grades, portas, janelas e parte do telhado não existem mais. Há pichações nas paredes, restos de móveis e garrafas de bebidas espalhadas. Alguns cômodos do segundo andar têm marcas de um incêndio, que destruiu objetos pessoais de um ex-morador do local.

“Aqui funcionava uma academia, tínhamos aulas de dança, futebol e outras atividades, mas o espaço está desativado desde o primeiro mandato do Zenaldo”, lembra Aldo Souto, 56, mecânico que trabalha há 12 anos em frente ao prédio. Segundo ele, assim que foi desativado, os guardas municipais que faziam a segurança do espaço também saíram. “Foi aí que começaram a roubar tudo. Equipamentos de ginástica, vaso sanitário, bebedouro, grades e até o telhado”, detalha.

O local virou um depósito de lixo e abrigo para usuários de drogas. (Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

LEMBRANÇAS

Como não bastasse o roubo, o local virou um verdadeiro lixão e abrigo para usuários de drogas. “Cheguei a jogar futebol de salão lá dentro, mas, infelizmente, está entregue às baratas”, lamenta Aldo. O autônomo Márcio André, 38, também lembra das boas partidas de futebol com os amigos no espaço. “Era muito bom. Os moradores eram os maiores beneficiados. Adultos e crianças. Agora, tem certa hora da noite que é complicado passar em frente. Alguns usuários atacam as mulheres para roubar”, conta.

Rose Amorim, 49, funcionária pública, mora ao lado do antigo espaço, localizado entre a Bernardo Sayão e a passagem Popular. Uma das filhas dela parou de fazer balé no local há 3 anos. Segundo ela, os moradores lamentam a desativação e a situação de abandono. “Era um local de atividade física. Agora a gente se depara com essa precariedade. A Prefeitura não toma providência. Estamos à mercê do lixo e da bandidagem que esse local tem atraído”, reclama.

Antes um local de atividade física, agora o espaço só apresenta precariedade. (Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

RESPOSTA

Mesmo com a confirmação da reportagem e o depoimento dos moradores, a Prefeitura de Belém informou, em nota, que não “abandonou” o Espaço Cultural Mestre 70. “O local foi desativado depois que um laudo confirmou risco de desabamento por conta de graves falhas estruturais na execução do projeto”, afirma. A prefeitura diz ainda que, através da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer, vem tentando recursos junto ao Governo Federal para corrigir as falhas do projeto realizado na gestão anterior e revitalizar o espaço. E, sobre a limpeza, a nota diz que, periodicamente, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) faz a retirada de lixo e entulho depositados de forma irregular no local.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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