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Veja três dicas para tirar nota 1 mil na redação do Enem

Responsável por tomar uma parte considerável do tempo de prova, a redação integra o primeiro dia de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – que inicia já no próximo domingo (5). Somando as 5 competências avaliadas durante a prova de redação,

Responsável por tomar uma parte considerável do tempo de prova, a redação integra o primeiro dia de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – que inicia já no próximo domingo (5). Somando as 5 competências avaliadas durante a prova de redação, ela pode representar o total de 1.000 pontos apenas com esta disciplina.

Professor de língua portuguesa e redação do colégio Equipe, João Vicente orienta que o candidato nunca inicie a escrever a redação diretamente na folha oficial. O ideal é sempre fazer um rascunho antes de transcrever a resposta para o papel que seguirá para a correção da banca. “Muitos alunos dizem que, para poupar tempo, não fazem rascunho. Mas isso é preocupante porque, quando eles começam já de imediato na folha oficial, não estão se permitindo corrigir”, relaciona o professor.

O rascunho é o momento do candidato reorganizar as ideias do texto, verificar o que ficou superficial, identificar onde ele precisa aprofundar um pouco mais, se há algum parágrafo que possa ter ficado muito extenso e que precisa ser diminuído e ainda fazer algumas correções de vírgulas ou acentos. Dentro desse contexto geral, o professor dá 3 orientações fundamentais para que o aluno possa fazer uma boa redação no Enem.

ATENÇÃO REDOBRADA COM A NORMA CULTA

João Vicente reforça que um dos critérios de avaliação da redação é exatamente o emprego da modalidade formal da língua portuguesa. A norma culta é uma das 5 competências cobradas pelo Enem na redação e, portanto, pode representar, sozinha, até 200 pontos. “A grade do Enem diz que o aluno pode ter até 2 desvios de norma culta. Mais do que 2, ele já começa a perder ponto”.

A dica do professor é redobrar o cuidado com as vírgulas e com os acentos, mas sem esquecer a concordância, regência, pontuação de modo geral. “Pela nossa experiência de correção de textos, de sala de aula, os alunos ainda pecam muito na vírgula e no acento. Todos os outros aspectos são necessários para se caracterizar o texto formal, mas atenção especial ao acento e à vírgula”.

João Vicente chama atenção para a importância do rascunho. (Foto: Marco Santos/Diário do Pará)

ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE TEXTO E ARGUMENTAÇÃO.

A banca examinadora do Enem tem como característica a exigência por uma redação bem organizada. Segundo o professor João Vicente, isso significa que “a redação não pode citar enfoques sem aprofundá- los”. Se na introdução da redação o aluno fizer uma contextualização histórica ou destacar algumas questões sobre o tema, é fundamental que ele transforme tais ideias em argumentos do texto.

Ao organizar um projeto de redação, o aluno também deve atentar para as palavras-chave que aparecem no tema. “Por exemplo, em 2013 tivemos a palavra ‘efeitos’ – o tema era ‘Efeitos da Implantação da Lei Seca no Brasil’. Como se falou em ‘efeitos’, não era para o aluno descrever a Lei Seca e sim abordar quais foram as consequências, sejam positivas ou negativas, que advieram dessa lei”.

O professor usa, ainda, o exemplo do tema da redação do Enem de 2015 para explicar a importância de identificar a palavra-chave do enunciado no momento do planejamento da redação. Em 2015, o tema foi ‘A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira’.

CUIDADO COM A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.

O professor João Vicente sinaliza que as provas de redação de outros processos seletivos tinham como característica a cobrança de uma conclusão síntese, em que aluno poderia apenas encerrar as ideias que defendeu ao longo do texto. Porém, o Enem não segue essa linha. A redação do Enem exige que o aluno apresente uma proposta de solução para o problema abordado. “Pelos dados que temos do Inep, a menor nota entre as competências no Brasil é da intervenção. Então a gente pressupõe que a maior dificuldade do aluno, hoje, no país, ainda é sugerir uma solução para o problema que ele mesmo abordou”, explica o professor.

Para que isso não ocorra, o aluno deve ter em mente que a sugestão proposta não pode ser vaga – como, por exemplo, ‘amar o próximo’, ‘ser uma pessoa melhor’ ou ‘ter menos preconceito’. A proposta deve ser factível como, por exemplo, ‘investir em educação’, ‘investir na reforma e ampliação de infraestrutura nas escolas’.

Como a proposta de intervenção é uma competência que representa 200 pontos na redação, João Vicente apresenta 4 elementos básicos que devem ser abordados. “A proposta de intervenção precisa abordar quem é o agente dessa proposta (quem faz?); qual é a ação dessa proposta (o que se faz?); o meio ou modo de concretização dessa proposta (como se faz?) e o efeito dessa proposta (por que fazê-la?)”.

“Se a palavra era ‘persistência’ não era apenas para mostrar a violência contra a mulher na sociedade, mas fazer necessariamente uma abordagem histórica. Essa palavra ‘persistência’ significa que aquilo insiste, que perdura”, pontua. “Então a frase temática mostra o caminho que esse aluno vai ter que percorrer para fazer essa redação”.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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