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Cacau paraense vira alvo de estudo para uso como elemento na fermentação da bebida

Uma das bebidas preferidas do brasileiro deve ganhar um ingrediente, a partir de pesquisa paraense. Pesquisadores estão criando uma cerveja com cacau, que promete dar aroma e sabor característicos da Amazônia ao produto. Mesmo o Brasil sendo o terceiro ma

Uma das bebidas preferidas do brasileiro deve ganhar um ingrediente, a partir de pesquisa paraense. Pesquisadores estão criando uma cerveja com cacau, que promete dar aroma e sabor característicos da Amazônia ao produto. Mesmo o Brasil sendo o terceiro maior mercado consumidor do produto no mundo, acredite: sua matéria-prima é importada de vários países, como Estados Unidos e Alemanha.

Pesquisadores do curso de Engenharia de Alimentos, da Universidade Federal do Pará (UFPA), descobriram no cacau um elemento poderoso na fermentação da bebida. Além do malte e o lúpulo, é preciso do fermento para transformação os carboidratos em álcool, ácidos e gás carbônico. E foi com a finalidade de encontrar uma levedura nacional que os pesquisadores da instituição encontraram a Saccharomyces cerevisa no cacau, que não sequestra oxigênio e tem uma produção promissora em solo paraense. “O cacau é independente e o Pará tem grande potencial de produzi-lo”, explica a doutora Alessandra Santos Lopes, orientadora do projeto.

SELEÇÃO

O pontapé para a produção foi há quase 2 anos, na tese de doutorado do pesquisador Gilson Chagas Júnior sobre leveduras do cacau em Tomé-Açu, município da região nordeste paraense. De lá para cá, alunos de mestrado e da graduação de Engenharia de Alimentos também passaram a se dedicar na escolha de leveduras que podem dar aromas, sabores mais amargos ou doces à bebida. “Fazemos uma seleção sensorial, e percebemos várias características diferentes nos testes”, conta Alessandra.

A produção da cerveja está sendo feita no Laboratório de Processos Biotecnológico (Labiotec), na UFPA. A bebida com o ingrediente local leva cerca de um mês para ficar pronta ao consumo. Atualmente, ela está sendo produzida em pequena quantidade. No entanto, os pesquisadores já olham para o futuro. “Vamos passar para a etapa de produzi-la em mais de 20 litros e, depois, comercialmente”, diz o aluno Felipe de Andrade Maia, de Engenharia de Alimentos. “Já foi provado que a levedura do cacau é tão boa quanto as importadas. Dá para fazer cervejas para grande consumo e com uma particularidade local”, completa.


Pesquisadores pretendem atender os comerciantes paraenses

Os pesquisadores ainda não têm ideia de quanto os custos da produção da bebida seriam reduzidos com a utilização do ingrediente amazônico. Entretanto, uma coisa é certa: a cerveja com a fermentação vinda do cacau teria uma identidade só nossa. “É uma valorização de nossos produtos locais. A bebida tem características da região, uma identidade, e geraria mais emprego e renda aqui mesmo, sem precisar importar”, explica Alessandra.

Para os pesquisadores entrarem no mercado, eles aguardam financiamentos, onde poderiam montar um laboratório próprio e atender, ao menos, as cervejarias locais. Quem quiser degustar da bebida, basta procurar o (Labiotec), na UFPA, no Guamá. “Estamos de braços abertos para receber as pessoas e que elas possam provar uma cerveja nossa”, convida a pesquisadora.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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