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Dia do professor: ato de ensinar exige dedicação e afeto

Hoje, 15 de outubro, mais do que celebrar o Dia do Professor, é um momento de pedir valorização, respeito e a garantia de uma educaçãode qualidade. Afinal, é a profissão mais importante de todas, pois todo profissional já foi aluno de alguém.“A relação pr

Hoje, 15 de outubro, mais do que celebrar o Dia do Professor, é um momento de pedir valorização, respeito e a garantia de uma educaçãode qualidade. Afinal, é a profissão mais importante de todas, pois todo profissional já foi aluno de alguém.

“A relação professor-aluno é de afeto. A educação é um ato de afeto. E, quanto mais o tempo passa, mais se torna duradoura”, pondera o historiador e professor, Michel Pinho, 42 anos. Declaradamente apaixonado pela profissão, ele afirma que não se enxerga atuando em uma ocupação diferente. A decisão sobre a carreira que gostaria de seguir aconteceu muito cedo. “Escolhi ser historiador por causa do meu avô, que colecionava jornais antigos em um quarto da casa dele. Ele comprava, lia e depois separava todo o jornal por sessões. Ele fez isso por 35 anos, todos os dias”, lembra.

Michel cresceu observando a rotina do avô, Ubirajara Silva. Estudava e lia os jornais com ele. No segundo ano de ensino médio ele já havia escolhido a profissão. Foi aprovado em 1º lugar geral no curso de história e foi 4º lugar geral no vestibular da Universidade Federal do Pará (UFPA), no ano de 1993. Mas Michel não ficou preso às quatro paredes da sala de aula. Muito pelo contrário.

VISITAÇÃO

Ao longo da carreira, o professor já viajou mais de 40 países para pesquisar a história, cultura e costumes que foram registrados pelas lentes dele que também é fotógrafo. “Os mais marcantes foram a Polônia, onde registrei os campos de concentração da 2º guerra mundial e o Marrocos, onde conheci de perto o processo de expansão do islamismo, ocorrido no século 7”, lembra.

Michel compartilha suas experiências mundo afora durante suas aulas. “Os alunos ficam enlouquecidos. Fico muito feliz de ver que alguns decidiram ser historiadores também”, diz ele, que ministra para alunos do ensino médio.

Além do trabalho em sala de aula, Michel também leva a história de Belém para os próprios belenenses conhecerem, por meio do projeto Visitação de Belém, que existe há 12 anos. O professor usa as redes sociais para divulgar o dia e o local a ser visitado. A última ação foi promovida no Dia das Crianças. Foi a primeira aula para o público infantil e reuniu mais de 400 crianças no Forte do Presépio, centro histórico da capital paraense.

Desvalorização pelo Estado virou rotina

Professora da rede pública estadual de Ensino há 29 anos, a geógrafa Mônica Cunha, 47, conhece intimamente os percalços enfrentados pela Educação pública no Pará. Ela conta que descobriu a vocação ainda na infância, quando nas brincadeiras ela sempre ficava com o “papel” de professora. Aos 15 anos, ingressou ao mesmo tempo no ensino médio e no magistério. Aos 18, já dava aula.

Porém, hoje, Mônica não esconde o desânimo ao falar da desvalorização profissional e dos entraves para se garantir uma Educação de qualidade hoje. “A gente tem um envolvimento emocional até mesmo com os problemas dos nossos alunos. Lutamos para formar cidadãos, principalmente trabalhando com comunidades carentes, de periferia”, diz. Ela diz que falta estrutura, material didático, segurança e existe ainda o assédio moral.“Trabalho em uma escola que, quando chove, vira um rio. Comprar material ou o que precisar para fazer uma atividade diferente com os alunos é uma rotina nossa”, afirma.

Mônica cita , ainda, a situação enfrentada pelos professores da rede estadual no Pará, que estão em greve desde o dia 14 de setembro. Uma das principais reivindicações é a atualização do piso da categoria, que, segundo ela, está defasado há dois anos. “O Governo alega que não tem dinheiro. Isso causa angústia e adoece os professores, que sempre são apontados como culpados, pois o Ideb apresenta um índice baixo na educação do Estado”, pontua.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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