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Simão Jatene torrou R$ 1,1 bilhão em viagens

Em menos de 7 anos, entre janeiro de 2011 e o mês passado (setembro), o Governo Jatene gastou mais de R$ 1,1 bilhão em viagens pelo Pará, Brasil e exterior. Os números são dos balanços gerais do Estado (BGEs), os documentos oficiais que registram todas as

Em menos de 7 anos, entre janeiro de 2011 e o mês passado (setembro), o Governo Jatene gastou mais de R$ 1,1 bilhão em viagens pelo Pará, Brasil e exterior. Os números são dos balanços gerais do Estado (BGEs), os documentos oficiais que registram todas as receitas e despesas do governo, e foram atualizados pelo IPCAE de junho último. A gastança de Jatene é tão impressionante, que, em termos proporcionais, representa o dobro das despesas de viagens do Governo Federal, que pos- sui mais de 1 milhão de funcionários da ativa e atua em todo o Brasil.

No ano passado, os gastos com viagens do Governo Federal ficaram em R$ 9,15 por brasileiro. Já os de Jatene alcançaram R$ 18,94 por paraense. E isso considerando apenas as despesas do Poder Executivo (ou seja, sem o Legislativo, Judiciário, Ministério Público e tribunais de Contas).

Pior: quando se pega não apenas o Poder Executivo, mas todo o Governo do Pará, o dinheiro torrado em viagens atingiu, só no ano passado, mais de R$ 182,6 milhões. É mais do que gastaram em materiais de consumo, na mesma época, a Secretaria Estadual de Saúde (Sespa), as suas 13 Regionais de Proteção Social e Laboratório Central (Lacen); os hospitais regionais de Cametá, Conceição do Araguaia, Salinópolis e Tucuruí, e os hospitais Abelardo Santos, Ophir Loyola, Santa Casa e Gaspar Viana, somados (R$ 175,4 milhões). E “materiais de consumo”, na área da Saúde, não são apenas o papel e a caneta, encontrados em qualquer repartição: são, também, as seringas descartáveis, agulhas, algodão, gaze, esparadrapo, fios cirúrgicos, lâminas para bisturis, drenos, luvas, termômetros, soro, medicamentos, usados no atendimento à população.

Gasto supera investimento em segurança

Tão ou mais incrível é que esses R$ 182,6 milhões que Jatene torrou em viagens, só no ano passado, significam mais que o dobro do que ele investiu em toda a área de Segurança Pública, no mesmo período: menos de R$ 86 milhões.

Em Contabilidade, investimentos são obras de construção e até ampliações significativas, além da compra de equipamentos e bens duráveis. Na área de Segurança, investimentos são mais veículos, computadores, armamentos e coletes à prova de bala para a polícia, além de novas delegacias, quarteis e presídios, por exemplo. E o que impressiona é que esses R$ 182,6 milhões de viagens, quando divididos pela população paraense, significaram um custo de R$ 21,82 para cada habitante do estado.

Já o investimento em Segurança ficou em apenas R$ 10,26 por habitante – ou menos da metade da gastança em viagens. E olhe que o DIÁRIO está sendo até camarada com o governador, já que, no BGE de 2016 (volume I, página 27), ele diz que investiu em Segurança apenas R$ 50,6 milhões, o que daria uma per capita ainda mais miserável: apenas R$ 6,04 por habitante.

O mais escandaloso é que essa gastança ocorre em um estado pobre, no qual, além de faltar tudo, as cidades se encontram mergulhadas em uma onda de violência sem precedentes. E olhe que 2016 nem foi o ano de maior gasto em viagens de Jatene: o pique aconteceu em 2014, quando ele concorreu à reeleição.

Na época, a gastança atingiu mais de R$ 202 milhões (corrigidos), além de outros R$ 30 milhões que foram pagos só no ano seguinte. Em 2017, até agosto, as despesas com as viagens de Jatene já ultrapassam R$ 125,2 milhões, diz o balancete divulgado pela Secretaria Estadual da Fazenda (Sefa). A média é de R$ 15,6 milhões por mês, o que indica que a farra poderá consumir mais uns R$ 62 milhões até o final do ano.

http://www.diarioonline.com.br/app/painel/modulo-noticia/img/imagensdb/gastos-jatene-15-10-2017-07-58-15.jpg

Governador voltou de mãos vazias de viagem à China

Chama atenção, no entanto, que o Pará gaste mais em viagens do que o Governo Federal, em termos proporcionais. E chamam atenção, principalmente, algumas das viagens mais caras e improdutivas dessa festança. Na maioria, porque envolvem o próprio governador Simão Jatene e enormes séquitos. São os felizardos que correm o mundo sem tirar um tostão do bolso, já que tudo (desde a passagem de avião e o hotel de luxo, até o café e o docinho em alguma renomada casa de chá) é pago com o dinheirinho do povo paraense.

A mais recente viagem internacional de Jatene foi à China e Indonésia. Pretendia o governador “vender” aos chineses, com seus olhinhos fechados, a ideia, à la Professor Pardal, de uma bilionária “Ferrovia Paraense”. Foram cerca de meio milhão de reais, entre diárias e passagens de avião, para o governador e caudatários. O resultado? Segundo a Revista Veja, mais uma vez Jatene ficou a ver navios, porque a China Communications Constructions Company (CCCC), de olhinhos não tão fechados assim, considerou o tal “projeto” incipiente.

(Ana Célia Pinheiro/Diário do Pará)

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