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Crimes digitais se tornam um problema comum no mundo real

A Polícia Civil ainda continua as investigações sobre o caso do e-mail de conteúdo racista e ameaçador, que foi enviado para um grupo de professores e coordenadores da Universidade Federal do Pará. A mensagem teria sido enviada supostamente por uma estuda

A Polícia Civil ainda continua as investigações sobre o caso do e-mail de conteúdo racista e ameaçador, que foi enviado para um grupo de professores e coordenadores da Universidade Federal do Pará. A mensagem teria sido enviada supostamente por uma estudante do curso de Biologia. O caso aconteceu no último dia 17 e ganhou ampla repercussão nas redes sociais na época. As investigações seguem de forma sigilosa – o que ajuda também a preservar a imagem da própria universitária.

Para Lucas Prado Kizan, que é advogado e especialista em crimes virtuais, o caso apresenta um forte indício que alguém poderia estar tentando prejudicar e incriminar a estudante. Por isso ressalta que a investigação precisa ser minuciosa como tem sido feita até agora. “O provedor de e-mail utilizado é o ‘protonmail’ que é um serviço criptografado, isto é, protegido, de dificílimo rastreio”, observou.

“Logo fica clara uma preocupação especial do emissário em não ser localizado, o que contradiz o fato de colocar o nome da suposta pessoa proprietária no endereço de e-mail. É um forte indício de que se trata de alguém tentando incriminar outra pessoa”, atentou Kizan.

Sobre a repercussão que o caso tomou nas redes sociais, onde o nome e dados da estudante foram amplamente expostos por internautas e usuários de redes sociais, o advogado chama atenção para a responsabilidade e parcela de culpa que cada um tem em relação a isso. “O primeiro erro partiu de quem expôs o conteúdo deste e-mail para o público, afinal se refere a um assunto delicado e interno da UFPA. Depois o erro se repete por cada um que compartilhou”, destacou.

DIFAMAÇÕES

Lucas ainda fez referência a outras situações, muito comuns atualmente, em que as pessoas expõe as outras para tentar prejudica-las. “A internet é ambiente fértil, de fácil propagação de notícias, verdadeiras, falsas, para informar, para manchar a imagem de alguém, etc”, ressaltou.

“A difusão de uma informação depreciativa sobre alguém, ainda que verdadeira, enseja o crime de Difamação (art. 139 do Código Penal), e pode responder pelo crime todos aqueles que contribuíram para que a informação se espalhasse”.

Ou seja, todos que compartilharam em comunicadores instantâneos, como o Whatsapp, ou redes sociais, como o Facebook, estão passíveis de serem acionados juridicamente. “E isso, tanto na esfera penal quanto na cível, bem como todos aqueles que ‘curtiram’ e fizeram comentários públicos, na rede, apoiando o conteúdo do e-mail, ou denegrindo a imagem da pessoa que supostamente teria enviado a mensagem criminosa”, esclareceu Lucas Kizan.

“O vazamento de uma notícia na internet é como um sangramento quase impossível de estancar. Caso aconteça, o ideal é orientar para que amigos e colegas próximos não reproduzam o comportamento”, reforçou o especialista em crimes virtuais.

(Denilson D'Almeida/Diário do Pará)

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