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GERSON NOGUEIRA

A falta que um plano B faz

Sem Rodrigo Andrade, Renato Augusto e Diogo Oliveira no meio-de-campo, o Papão encarou o Juventude com um time modificado em sua estrutura e atuando pela primeira vez com três zagueiros sob o comando de Marquinhos Santos. Estratégia destinada a buscar o e

Sem Rodrigo Andrade, Renato Augusto e Diogo Oliveira no meio-de-campo, o Papão encarou o Juventude com um time modificado em sua estrutura e atuando pela primeira vez com três zagueiros sob o comando de Marquinhos Santos. Estratégia destinada a buscar o empate e, se possível, chegar ao gol na exploração da tal “uma” bola. Quase deu certo.

Depois de um primeiro tempo morno, preocupado apenas em resistir à meia pressão exercida pelos donos da casa, o Papão controlava as ações na intermediária, com Carandina, Recife e Jonathan. Estes eram ajudados pelos laterais Ayrton e Guilherme, que pouco avançavam. Com isso, o Juventude não conseguia entrar pelo meio e insistia com as bolas aéreas.

O time gaúcho teve uma boa chance, em cabeceio de Micael que Emerson espalmou para escanteio. No restante do tempo, o Juventude ficou preso ao bloqueio executado pelos volantes bicolores. O problema é que os bicolores se esmeravam em marcar e deixavam o ataque em segundo plano.

Apesar de algumas subidas de Ayrton pela direita, somente aos 5 minutos da etapa final foi criado um bom momento no ataque. Bergson foi à linha de fundo e passou na medida para Jonathan dentro da área. O volante dominou sem marcação, mas chutou para fora.

Gilmar Dal Pozzo fez alterações de posicionamento no Juventude, recuando o artilheiro Tiago Marques para jogar com Mateus Sena pela esquerda e colocando Wallace para correr pelo lado direito. O gol alviverde chegou a sair por ali, mas Fahel estava adiantado e o lance foi invalidado.

Aos 37’, porém, aconteceu a jogada fatal para a defensiva paraense. Mateus superou a vigilância de Ayrton e avançou até a área. O cruzamento saiu baixo e, enquanto os beques do Papão ficaram acompanhando com o olhar, João Paulo bateu meio de virada para marcar o único gol da noite.

Não havia mais tempo para impor uma pressão suficiente em busca do empate. Marquinhos trocou Bergson por Magno, mas o ataque não tinha pernas nem tutano para vencer a segura marcação gaúcha.

São os riscos naturais que assolam times que entram com o objetivo de não tomar gol. No caso do Papão em Caxias do Sul, essa opção sacrificou o setor criativo, desfalcado de um meia-armador de ofício. Os três volantes se juntaram aos cinco da última linha. O Papão ficou então com oito homens atrás e apenas Bergson e Marcão adiantados, sendo que Marcão em vários momentos se tornava um autêntico zagueiro.

O pragmatismo é normal e plenamente aceitável nas circunstâncias, visto que ao PSC o empate seria um bom resultado, mas é necessário que haja um plano B para a eventualidade de o adversário chegar ao gol. Pela desarrumação vista nos 12 minutos após o gol (arbitragem deu quatro minutos de acréscimos), não havia qualquer alternativa ensaiada para lutar pela igualdade.

Inter dá exemplo de valorização do torcedor

Com 51 pontos e sete vitórias consecutivas no Beira-Rio, na liderança da Série B, pode-se dizer que o Internacional conseguiu encontrar seu ponto de equilíbrio e marchar para a confirmação de sua volta à Primeira Divisão. Tem uma média de público de 25,4 mil pagantes, item que ajuda a explicar a reação empreendida pelo clube depois de um turno inicial capenga e bastante questionado por torcedores e imprensa gaúcha.

O clube decidiu baixar o preço dos ingressos para atrair torcedores menos favorecidos. Resgatou a imagem de “clube do povo”. Coincidência ou não, antes disso o Colorado passou por poucas e boas, tendo que trocar de técnico (Antonio Carlos Zago por Guto Ferreira) e contratar vários reforços.

As mudanças fizeram o time se fortalecer e ficar em paz com o seu torcedor mais modesto, também favorecido no programa de sócio-torcedor, um dos mais bem sucedidos do país. Em alguns jogos, como o de ontem contra o Santa Cruz, havia ingresso a R$ 5,00 para as áreas livres do Beira-Rio. Ao mesmo tempo, o clube passou a agir com rigor contra as facções organizadas, responsáveis por depredação e brigas na arena.

Nem tudo são flores, porém. Em artigo publicado nesta semana no jornal Zero Hora, o jornalista Alexandre Dornelles revela que a consultoria Ernest & Young, contratada para fazer auditoria nas contas, teria apontado graves problemas financeiros em relatório de 250 páginas. Uma comissão especial realizou sindicância interna e constatou 12 irregularidades na gestão do presidente Marcelo Medeiros, que terá que se explicar ao Conselho Deliberativo em reunião extraordinária marcada para amanhã (2).

Segundo Dornelles, de nada adiantará democratizar as arquibancadas se a gestão também não for democratizada. “O Inter é o clube do povo porque pertence à torcida e não à meia dúzia de autocratas”, ressalta.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro apresenta o programa, a partir de 21h, na RBATV. Na bancada, Giuseppe Tommaso e este escriba de Baião. Além da análise e dos gols do fim de semana, sorteios e espaço para participação do internauta.

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