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População aguarda ansiosa por obras em Mosqueiro

Morador da Baía do Sol há 30 anos, o pescador Paulo Baía, 57 anos, lembra bem do período em que o muro de contenção da praia, localizada no distrito de Mosqueiro, começou a ceder. Sem que nada fosse feito ao longo dos anos para que o problema fosse atenua

Morador da Baía do Sol há 30 anos, o pescador Paulo Baía, 57 anos, lembra bem do período em que o muro de contenção da praia, localizada no distrito de Mosqueiro, começou a ceder. Sem que nada fosse feito ao longo dos anos para que o problema fosse atenuado, hoje a rua que existia na orla já não pode mais ser vista. A esperança do pescador é que, com a recente liberação de recursos do Governo Federal para a realização de obras no distrito, a dificuldade de locomoção seja, enfim, resolvida.

Veja imagens da Ilha

Paulo estima que o problema de erosão naquela praia tenha iniciado há quase 20 anos. Desde aquela época, porém, apenas obras paliativas teriam sido feitas. Como consequência, ele destaca que nos meses de março – quando a maré atinge o seu nível mais alto -, os moradores não tem como passar pelo local. “As pessoas que moram nessa área precisam dar uma volta de 2 km pela rua de trás porque a água toma conta de tudo. Se não fosse isso o percurso seria de uns 50 metros”.

PÉ NA ÁGUA

Restou para a aposentada Maria das Dores Sá, 78, foi se adaptar às condições impostas. Nascida e criada na Baía do Sol, ela lembra que, anos atrás, passava uma rua em frente a sua casa. Hoje, porém, só o que se vê é a areia da praia. “A maré levou o muro que tinha. A natureza veio trazendo, trazendo até que tomou conta de tudo”.

Quando a maré sobe, a água da praia chega a invadir o pátio de sua casa. Aí, é necessário colocar o pé na água para entrar e sair de casa. “Essa noite mesmo a minha nora passou mal e teve que ser levada carregada para o posto de saúde. Se tivesse a rua, o carro encostava”, conta. “O meu marido morreu e não viu essa rua voltar. Espero que agora a obra vá sair”.

Na segunda (25), o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, assinou a ordem de serviço para a obra de recuperação da orla da ilha (Foto: Marco Santos)

Água chegou a derrubar postes de energia na praia do Marahu

Em outra praia, no Marahu, a microempreendedora Natalina Ribeiro, 49 anos, também teve que restringir o funcionamento do restaurante apenas para os dias de domingo. Desde que parte da rua cedeu por causa da erosão, o movimento de pessoas no local diminuiu consideravelmente. “O movimento diminuiu uns 80%. Depois que a rua quebrou, as pessoas pensaram que acabou tudo no Marahu. Antes isso aqui ficava cheio direto”, diz.

Moradora do local há 30 anos, Natalina estima que a erosão tenha iniciado no Marahu há cerca de 5 anos. Ela conta que a água chegou a derrubar postes do local e a comunidade ficou sem energia por cerca de uma semana. “A rua foi cedendo aos poucos. Se a Prefeitura tivesse feito alguma coisa naquela época, não teria chegado na situação que chegou”, considera.

Walber: sem movimento, restaurante tem prejuízo (Foto: Fernando Araújo)

Dinheiro para iniciar a recuperação já está disponível

As obras que Maria das Dores se refere são as que preveem a construção e recuperação de muros de contenções em praias de Mosqueiro que estão com problemas de erosão, incluindo a Baía do Sol. Na tarde da última segunda-feira (25), o Ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, assinou a ordem de serviço para que as obras sejam efetivamente iniciadas. Os R$23 milhões em recursos para a realização da recuperação são do Ministério da Integração Nacional, sendo que os primeiros R$7 milhões já foram repassados à Prefeitura de Belém, que é responsável pela licitação da empresa que realizará o serviço.

Além da Baía do Sol, outras nove praias deverão ser contempladas. A rua que dá acesso às barracas e restaurantes do local possuíam, antes, duas faixas. Porém, a erosão fez com que o asfalto cedesse e restasse apenas uma faixa para que os veículos saiam e entrem no local.

Proprietário de um restaurante localizado bem próximo do ponto crítico da erosão, Walber Santos, 36 anos, conta que o problema iniciou há cerca de 4 anos. “Diminuiu muito o movimento no Paraíso porque fica difícil para os carros passarem só com uma pista pra ir e pra voltar”. Sem movimento, foi necessário dispensar alguns funcionários como cozinheiros e garçons. Hoje, toda a atividade do restaurante é mantida apenas pela família. “Antes abríamos todos os dias. Agora não está dando mais”.

Homens já realizavam testes de solo na areia da praia do Paraíso (Foto: Fernando Araújo)

OBRAS

- Mosqueiro é um dos principais pontos turísticos de Belém, mas vem sofrendo com o processo de erosão.
- Em função desta situação, serão feitas intervenções em 10 praias: Ariramba, Areião, Marahu, Baía do Sol, Murubira, Paraíso, Praia Grande, Porto Arthur, Bispo e Chapéu Virado.
- Recursos foram obtidos em Brasília, em março, por Helder, após visitar Mosqueiro, em fevereiro deste ano.

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