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GERSON NOGUEIRA

O novo dilema azulino

No festival de boatos e informações desencontradas que marcam o momento no Remo, pouco se comenta sobre o nome (ou perfil) do futuro técnico. Quando a Série C terminou, havia a possibilidade de Léo Goiano permanecer, mas, nos últimos dias, os rumores sina

No festival de boatos e informações desencontradas que marcam o momento no Remo, pouco se comenta sobre o nome (ou perfil) do futuro técnico. Quando a Série C terminou, havia a possibilidade de Léo Goiano permanecer, mas, nos últimos dias, os rumores sinalizam para a contratação de um nome “de fora”.

Parte da diretoria, incluindo os dirigentes que devem assumir o futebol profissional, se inclina pela figura de um treinador mais experiente, capaz de dar liga a um time mesclado de valores regionais e alguns importados.

A receita é de aplicação conhecida e de resultados desanimadores. Nos últimos anos, o Remo só teve êxito quando teve treinador local na primeira parte do ano. Quando apostou em nomes de fora – como Zé Teodoro em 2015, Leston Junior em 2016 e Josué Teixeira neste ano – para abrir a temporada, as coisas não chegaram a bom termo.

Vários são os motivos para o insucesso dos forasteiros, mas dois são conhecidos e decisivos: o desconhecimento sobre o futebol regional e o clima que castiga as competições do primeiro semestre, com influência direta sobre o rendimento dos atletas.

Foi sob a batuta de um técnico local, em 2015, que o Remo conquistou seu último título estadual. Cacaio pegou o bonde andando (sucedeu a Zé Teodoro) e, além de ganhar o campeonato, permaneceu para a Copa Verde (chegando à decisão) e classificou para a Série C.

A receita da campanha vitoriosa é parecida com a que os dirigentes formulam agora. Elenco majoritariamente regionalizado, com alguns valores de fora. Ocorre que as escolhas de 2015 foram certeiras porque tiveram a participação de Cacaio nas definições.

A questão ressurge agora e, pelo ritmo do pagode, ganha força a tese de um treinador importado. O lado bom é que a meta de curto prazo, independentemente do técnico, é observar e contratar os melhores da Segundinha de acesso ao Parazão, que começa no dia 15 de outubro.

Duelo de gigantes pela Bola de Ouro

Messi e Cristiano Ronaldo vêm pelejando há nove anos pela primazia de levantar a Bola de Ouro naquele festão da Fifa no final da temporada. Nunca houve uma disputa tão renhida na era moderna. O argentino leva a melhor, com cinco troféus, contra quatro do português. Nesse período, ninguém teve futebol para se intrometer nesse duelo particular.

Neymar entrou como finalista há dois anos, terminando em terceiro, colocação das mais honrosas. No ano passado, nem chegou ao último nível da disputa. Volta agora em condições ligeiramente diferentes. Tem pouco tempo, porém, para encarar uma briga direta com os dois recordistas.

O jogo se decide na Liga dos Campeões, visto que a participação nas eliminatórias da Copa não é lá muito considerada pela Fifa. Por essa razão, as chances do brasileiro são boas, mas o favoritismo ainda está com a dupla. A coisa só muda de figura se o PSG, pelos pés de Neymar, conseguir a façanha de pelo menos decidir o torneio europeu.

Um ‘professor’ sem fricotes e alheioao marketing

Levir Culpi, pela inesgotável capacidade de não se levar a sério, é cada vez mais personagem imprescindível no universo normalmente previsível, chato e politicamente correto do futebol no Brasil. É raro ver um técnico com postura tão elegante diante de derrotas e erros de arbitragem.

Fala com aquela sinceridade mansa, sem grito, dos bons mineiros. Depois da eliminação para o Barcelona de Guayaquil, no meio da semana, dentro da Vila Belmiro, reagiu com a tranquilidade desconcertante daqueles que não tratam o futebol como mero campo de experiência marqueteira.

Admitiu o clima de velório e não se escondeu atrás de desculpas manjadas. “Não tenho grandeza para receber esse resultado com alegria. Perdemos dinheiro, mercado, tudo. Saímos de cabeça baixa, não em relação ao jogo, porque não fomos inferiores. Demos uma cabeçada na trave. A deles entrou”, resumiu, com a simplicidade habitual, a desdita santista.

Com poucas exceções, o futebol brasileiro só se salva da mesmice e da boçalidade pela existência de figuras como Levir. Pode não ser o melhor dos técnicos, mas é, sem dúvida, o mais interessante de sua geração.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda a atração, a partir de 21h, na RBATV. Participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Gols, análise da rodada, sorteios e interatividade.

(Gerson Nogueira)

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