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Vacina contra o zika desenvolvida no Pará é testada em animais, que ficam imunes

Novos testes realizados a partir da aplicação da vacina contra o zika vírus, desenvolvida pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), vinculado ao Ministério da Saúde, apresentaram resultados positivos em camundongos e macacos. Uma única dose da vacina preveniu

Novos testes realizados a partir da aplicação da vacina contra o zika vírus, desenvolvida pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), vinculado ao Ministério da Saúde, apresentaram resultados positivos em camundongos e macacos. Uma única dose da vacina preveniu a transmissão da doença nos animais e, durante a gestação de camundongos fêmeas, não foi verificado contágio nos fetos.

Os experimentos continuam e, segundo o IEC, o principal objetivo é, posteriormente, oferecer uma vacina capaz de imunizar seres humanos contra a doença. “A vacina protegeu 100% dos animais que foram vacinados. Tanto camundongos quanto macacos, indicando uma eficácia excelente. É o que, provavelmente, deveremos observar em humanos”, ressalta o diretor do IEC, Pedro Vasconcelos, em coletiva à imprensa realizada na tarde de ontem, na sede do Instituto, em Ananindeua.

Os testes são realizados em parceria com o Instituto Nacional de Saúde (NIH) e a Universidade do Texas e Universidade Washington, dos Estados Unidos.

OUTROS TESTES

Do grupo de controle que não tomou a vacina, as fêmeas de camundongos tiveram aborto por conta da transmissão do vírus zika ou seus filhotes nasceram com microcefalia e outras alterações neurológicas. No momento, os testes estão sendo aplicados em fêmeas de macacos no período gestacional para verificar se também haverá comprometimento dos animais e se a vacina conseguirá impedir a infecção nos fetos. O Instituto também iniciou testes em hamsters.

REMÉDIO PARA HUMANOS SÓ DEVE FICAR PRONTO EM 2022

Segundo Pedro Vasconcelos, trata-se de uma vacina atenuada, ou seja, aquela em que o vírus se encontra vivo, mas sem capacidade de produzir a doença, no caso o zika vírus. Os testes consistem em vacinar os animais e, como no caso dos macacos que 28 dias depois foram expostos a doses altas do vírus selvagem que circula na comunidade. Após isso, foi observado que a vacina protegeu completamente os animais contra a infecção pelo zika. “Já os animais não vacinados, ao contrário, notou-se grande quantidade de vírus circulando no sangue e nos tecidos, mostrando que o vírus tem capacidade de causar lesão e a vacina protege os animais”, pondera o virologista do IEC.

LEIA TAMBÉM: Nova vacina vai proteger mães do Zika vírus e bebês da microcefalia

Já os estudos clínicos, de fase 1, 2 e 3, em humanos, devem começar no próximo ano com encerramento previsto para final do ano de 2021. Portanto, no final de 2021 ou somente em 2022 pode ser possível que a vacina seja disponibilizada para uso em saúde pública. Os estudos serão realizados pelo Fiocruz/Biomanginhos, no Rio de Janeiro.

CONSEQUÊNCIAS

Além dos testes em fêmeas, foram realizados testes em camundongos machos. Um dos achados científicos inéditos é que o vírus zika pode ser capaz de causar esterilidade. A infecção nos animais reduziu consideravelmente a quantidade de espermatozoides, a mobilidade deles e o tamanho dos testículos. Os mesmos testes agora estão sendo feitos em macacos machos, mas os resultados ainda não são conclusivos.

Já os animais vacinados ficaram 100% protegidos. “Esses resultados levantam a suspeita e a necessidade de estudos epidemiológicos para saber primeiro se ocorre esterilidade em humanos, infectados pelo zika, e segundo qual o percentual que isso ocorre”, pontuou Pedro Vasconcelos, ao ressaltar que, no entanto, ainda não é possível afirmar que esse efeito também se aplique aos humanos.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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