plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 26°
cotação atual R$


home
GERSON NOGUEIRA

Opinião: Primeiro bom reforço

O Remo garantiu ontem o primeiro grande reforço para 2018. Anunciou a renovação do contrato do goleiro Vinícius, principal destaque do time na disputa da Série C. Coube a ele fazer alguns pequenos milagres que impediram tropeços e asseguraram vitórias ao

O Remo garantiu ontem o primeiro grande reforço para 2018. Anunciou a renovação do contrato do goleiro Vinícius, principal destaque do time na disputa da Série C. Coube a ele fazer alguns pequenos milagres que impediram tropeços e asseguraram vitórias ao Leão na competição, evitando que fosse rebaixado – ficou apenas dois pontos acima do Moto Clube, o primeiro na zona da degola.

Apesar de embaraços quanto a salários atrasados, o goleiro aceitou permanecer, confiando na diretoria. É bom que não vacilem no cumprimento do acordo firmado, como tem ocorrido reiteradas vezes na atual gestão remista.

Vinícius chegou ao Evandro Almeida para ser o titular do time, sob o comando de Josué Teixeira, ainda para o Campeonato Estadual. Sofreu lesão e perdeu a posição para André Luís, que teve excelente participação nas primeiras competições da temporada.

Quando a Série C começou, Vinícius já estava recuperado e foi escalado, não perdendo mais o lugar no time. Foi a única decisão lúcida de Josué na montagem do time para o Brasileiro. Nas demais posições, como se sabe, ele preferiu apostar no pior e as consequências se estenderam até a rodada final da competição.

Não por acaso, Vinícius foi um dos poucos sobreviventes da traumática jornada azulina na Série C. Operou façanhas em várias partidas – com destaque para os confrontos contra ASA (lá e cá), Fortaleza, Botafogo-PB, Moto, Cuiabá e Sampaio (em São Luís) – e garantiu segurança por trás de uma zaga que se destacou mais pelas lambanças.

De estilo sóbrio, sem defesas espalhafatosas, o goleiro teve boas passagens pelo Boa Vista no futebol carioca e saiu valorizado pelas performances na Série C. Chegou a despertar o interesse de clubes da Série B, mas a diretoria do Remo teve um rasgo de lucidez e conseguiu preservar seu guardião. É um bom começo.

Elogios exagerados disfarçam blindagem

Chama atenção a frequência com que técnicos de futebol pespegam louvações a times notoriamente tabajaras, mal posicionados nas competições. O ouvinte ou leitor mais desatento pode até se considerar desinformado diante de tantos elogios. Na prática, porém, o que ocorre é apenas a malandra blindagem para fins de sobrevivência no cargo.

Quando apontam virtudes fantásticas no adversário trôpego, os “professores” não estão tentando ser gentis com os colegas de profissão. Longe disso. Estão apenas cuidando da manutenção do próprio emprego.

No movediço cenário do futebol paraense, com técnicos sempre às turras com as torcidas mais exigentes, a prática virou mantra. A cada semana, às vésperas de um jogo importante, o que se escuta nas entrevistas é um discurso que destaca sempre os méritos impressionantes do oponente.

É a chamada vacina contra maus resultados. Caso ocorra um revés, a outra equipe já havia sido diagnosticada como praticamente invencível, o que alivia a barra do treinador derrotado. E, se ocorrer uma vitória, a façanha ganha amplitude, pois o adversário era dos mais credenciados.

Na semana passada, por exemplo, assistiu-se a um rosário de salamaleques ao brioso ABC, ora hospedado na última colocação da Série B. Com meros 17 pontos no campeonato, o alvinegro potiguar foi alvo de suspeitíssimos afagos por parte do técnico Marquinhos Santos, do Papão.

O lanterna do torneio foi pintado como um daqueles competidores de ponta na Champions League, abundante em recursos técnicos e táticas ameaçadoras. O mesmo deve ocorrer nesta semana em relação ao Goiás, outro que despenca ladeira abaixo.

Por justiça, cabe dizer que Marquinhos não é o primeiro, nem o único. Antes dele, Marcelo Chamusca, Dado Cavalcanti, Gilmar Dal Pozzo e Mazola faziam a mesmíssima coisa. Josué Teixeira agia igual no Remo.

A tendência bajuladora avança como praga. A prática é adotada sem pudores na Série B e até na Primeira Divisão do futebol nacional. Tudo sob o olhar desconfiado do torcedor, cuja boa fé não pode jamais ser confundida com ignorância.

Neymar e a síndrome de menino birrento

Jornais franceses informam que Neymar pediu ao dono do PSG que negocie o uruguaio Cavani. Neymar tem 25 anos, mas não amadureceu. Costuma assumir a persona de reizinho. Qualquer contrariedade desperta muxoxos e zangas intermináveis. Encontrou um competidor à altura em Cavani, também famoso por ser fominha e intransigente. Como meninos mimados, brigaram por causa de uma cobrança de pênalti.

Com as credenciais conferidas pela maior transação da história do futebol, Neymar tenta se afirmar como o dono do time, se bobear até mais poderoso que o bilionário árabe que despeja toneladas de dinheiro no PSG.

Enquanto as pinimbas se restringirem ao clube, o torcedor brasileiro pouco tem a se preocupar. O problema muda de feição se o estrelismo de Neymar contaminar o ambiente da Seleção Brasileira. O egocentrismo, a mania de reclamar de tudo e a dificuldade em aceitar contrariedades podem ter efeitos desastrosos na disputa de uma Copa do Mundo.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Gerson Nogueira

Leia mais notícias de Gerson Nogueira. Clique aqui!

Últimas Notícias