Acidente entre embarcações faz barco naufragar em Vitória do Xingu

Uma embarcação que transportava cargas e passageiros naufragou após fazer escala em Porto de Moz e Senador José Porfírio, região do Baixo Amazonas, na manhã de domingo (17). No momento do acidente, as marolas, ondas formadas pelo deslocamento de uma balsa na água, fizeram com que o barco afundasse, com as peças de madeira que seriam levadas para uma construção. Os dois ocupantes conseguiram alcançar a margem da foz do Igarapé Tucuruí, em Vitória do Xingu.

As embarcações envolvidas no acidente estavam chegando na cidade no mesmo momento. Segundo um sobrevivente, a balsa entrou em uma velocidade indevida. O comandante da balsa não prestou socorro às vítimas e continuou a viagem.

O dono do barco procurou a delegacia da cidade para tentar reaver seus prejuízos junto a empresa dona da balsa "Gabriela".

A empresa informou, por telefone, que o barco menor teria colidido de frente com a balsa, para tentar ultrapassar pela lateral direita, mas não conseguiu, e então a balsa seguiu para o porto de Vitória sem perceber o naufrágio. A responsável pela balsa afirmou que assim que foi informada, procurou o proprietário e levou o barco para um local seguro no porto de Vitória do Xingu.

O barco, que ficou com avarias, já foi retirado da água e passa por restauração que está sendo feita por carpinteiros contratados pela empresa dona da balsa.

A empresa disse ainda que a postura repassada para a tripulação é de sempre prestar socorro em casos como esses, e que usa sinalizador sonoro e de luz para avisar a longas de distância a aproximação com a cidade. A empresa lamentou o ocorrido.

A Polícia Civil já investiga o caso.

Fluxo intenso

O único porto da região e que há uma grande movimentação fica em Vitória do Xingu , e há uma grande demanda de cargas e passageiros, assim, centenas de embarcações usam a precária estrutura portuária para escoar produção da região e receber cargas como combustível, maquinários, veículos, gêneros alimentícios, além de passageiros que seguem por terra para Altamira e Região transamazônica.

Não há qualquer tipo de sinalização regular, ou fiscalização na localidade.

É grande o número de pequenas embarcações, que disputam espaço com balsas e grandes barcos, o que torna a navegação arriscada. Moradores da área já pediram placas e a presença da capitania dos portos para coibir esses tipos de acidentes, já que outros pequenos naufrágios já aconteceram no local.

(Com informações de Felype Adms)