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Cooperativa agrícola Camta continua expandindo sua produção

A história da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta) começou com os primeiros imigrantes japoneses que chegaram na região do Vale do Acará, em 1929. Dois anos depois, foi fundada a Cooperativa de Hortaliças do Acará. Após a Segunda Guerra Mundial,

A história da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta) começou com os primeiros imigrantes japoneses que chegaram na região do Vale do Acará, em 1929. Dois anos depois, foi fundada a Cooperativa de Hortaliças do Acará. Após a Segunda Guerra Mundial, a colônia passou por grandes dificuldades. Como precisavam ampliar sua produtividade, os agricultores introduziram a pimenta-do-reino na plantação, e a cooperativa tornou-se a primeira exportadora de pimenta-do-reino do Brasil.

Oficializada em 1949, a cooperativa viveu outro grande desafio na década de 70, quando o cultivo da pimenta-do-reino foi ameaçado por doenças e enchentes. “Com o conhecimento de plantio acumulado e visando produzir alimentos que se adequassem às condições amazônicas, a cooperativa conseguiu criar um modelo agroflorestal sustentável praticado até hoje, onde foi possível adicionar outras culturas”, explica Ivan Saiki, gerente da cooperativa.

Atualmente, a Camta conta com 200 cooperados, 2 mil pequenos produtores, programas de capacitação e outros projetos, que geram cerca de 10 mil empregos na região de Tomé-Açu.

Além de produzir polpa de frutas, hoje a cooperativa trabalha também com geleias naturais, pimenta-do-reino, amêndoas de cacau e óleos vegetais. “Processamos 13 tipos de fruta e a nossa produção chega a mais de 5 milhões de quilos de polpa/ano e estamos trabalhando para aumentar a nossa produção”, garante Ivan.

A fábrica produz polpa de frutas e alimentos (Foto: Divulgação)

ASSISTÊNCIA

A matéria-prima da fábrica, instalada na localidade de Quatro Bocas, em Tomé-Açu, é fornecida pelos cooperados e terceiros. A própria Camta produz as mudas para os produtores, e também oferece assistência técnica. “Com isso conseguimos fazer todo o acompanhamento do processo, desde o plantio, colheita, até o processamento, mantendo a qualidade do produto”, lembra o gerente.

A cooperativa já exporta seus produtos para os Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Japão e Argentina. A previsão de faturamento para este ano é de R$ 80 milhões. A empresa desenvolve hoje novos produtos como sorvetes, “geladinho” e até mesmo o chocolate (ainda em fase de teste), para aumentar seu portfólio e alcançar um público cada vez mais variado.

“O Banco da Amazônia teve e tem muita importância no crescimento e desenvolvimento da cooperativa, pois oferece financiamento tanto para a empresa quanto para nossos cooperados”, lembra Saiki. “Sem esta parceria, talvez não fosse possível aumentar nosso parque industrial e linha de produção”, completa.

Ivan Saiki (a esq.), gerente da cooperativa , e Celso Kurogi, gerente geral (Foto: Divulgação)

Estado Produtor - Potencial do Pará

Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), lembra que o Pará reúne condições naturais excepcionais de solo, clima e água, que favorecem a atividade agropecuária. Essas características fizeram com que o Pará, hoje, se destaque na produção de vários produtos agrícolas, como açaí, abacaxi, cacau, cupuaçu, mandioca, dendê, pimenta-do-reino (ocupando o 1º lugar no ranking nacional), coco (3ª maior produção do país), limão (4ª posição nacional), maracujá e banana (5º lugar).

Para Xavier a produção agropecuária paraense precisa ser verticalizada a partir da consolidação de cadeias produtivas, ampliando a geração de riqueza e renda do Estado e dos municípios. “Nesse contexto, o Banco da Amazônia vem cumprindo o papel de banco de desenvolvimento, aplicando recursos do FNO em setores estratégicos da economia regional, como o agronegócio, disponibilizando e interiorizando o crédito bancário com condições diferenciadas e compatíveis com as carências da região”.

Luiz Lourenço: agronegócio é celeiro de oportunidades (Foto: Divulgação)

Banco garante o financiamento de máquinas e insumos

Luiz Lourenço de Souza Neto, novo superintendente regional do Banco da Amazônia no Pará e Amapá, afirma que o agronegócio é um grande parceiro institucional do banco. “Esse segmento foi o menos impactado pelas últimas crises e sempre foi um celeiro de oportunidades, não apenas para a Amazônia, mas para o país inteiro”, garante.

Hoje o banco disponibiliza várias linhas de financiamento via FNO, para o microempreendedor individual, a agricultura familiar, além de micros, pequenos, médios e grandes produtores rurais. E tem uma linha chamada de “limite portfolizado”, onde o cliente, para receber o financiamento para insumos, máquinas e equipamentos, basta apresentar o que necessita e, a partir de um limite pré-aprovado, o recurso sai bem mais rápido, com menos de 30 dias, e sem necessidade de projeto. “Além de redução de prazo, essa modalidade proporciona redução de custo e acelera o crédito, tornando mais eficiente a aplicação do recurso, já
que vai direto para a conta do fornecedor”, informa Lourenço.

Hoje, só de FNO, o Banco da Amazônia disponibiliza R$ 1,6 bi/ano para financiamento no Pará, e o agronegócio recebe algo em torno de 60% desse recurso, um valor aproximado de R$ 600 a 800 milhões para investimentos.

O banco também está trabalhando na formatação do aplicativo do FNO onde o cliente poderá acessar condições, taxas, prazos e fazer até simulações de empreendimentos. “Dessa forma vamos conseguir nos aproximar ainda mais dos nossos clientes, gerando relacionamento e, por tabela, os negócios”, reitera. Para isso, começou a funcionar, desde o último dia 28 de agosto, no prédio da superintendência (na travessa Almirante Wandenkolk, em Belém), a Central 01, que atende, neste início, as operações do Pará e Amapá.

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

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