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Família vai processar hospital por jogar corpo de bebê no lixo

A Polícia Civil (PC) do Pará concluiu o inquérito do caso do corpo do bebê que desapareceu do necrotério da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, no dia 17 de julho deste ano. Ontem, a PC informou que o corpo foi jogado no lixo, por engano, por uma

A Polícia Civil (PC) do Pará concluiu o inquérito do caso do corpo do bebê que desapareceu do necrotério da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, no dia 17 de julho deste ano. Ontem, a PC informou que o corpo foi jogado no lixo, por engano, por uma funcionária terceirizada do setor de serviços gerais.

O hospital não possui circuito interno de TV, o que dificultou a apuração. A investigação concluiu pelo indiciamento da funcionária da empresa terceirizada responsável pela limpeza do necrotério que, segundo a polícia, de forma não intencional jogou o corpo, que estava dentro de um saco plástico, junto com o lixo coletado no local, ao acreditar que se tratava de resíduos normais do hospital. A apuração também apontou uma sucessão de falhas de procedimentos que contribuíram para o resultado.

O delegado Walter Resende, que estava à frente do caso, informou que a servidora foi indiciada com base no artigo 211 do Código Penal, que trata de destruição, subtração ou ocultação de cadáver. A punição prevista é de 1 a 3 anos de prisão e multa. O perito criminal Paulo Bentes ressaltou que não há mais possibilidade de se recuperar o corpo do bebê. “O corpo foi parar no lixo comum, tendo como destino o Aterro de Marituba. Lá, cerca de 1,3 mil toneladas de lixo são despejadas por dia, sendo depois compactadas”.

BEBÊ

O bebê nasceu no dia 24 de junho, em Concórdia do Pará, mas apresentava complicações e a família viajou para Belém. No dia 1º de julho, foi internado no hospital. Ele sofria da Síndrome de Patau, que causa malformações no sistema nervoso, entre outros problemas. A diretora do HC, Ana Lydia Cabeça, admitiu que houve mal entendido na hora de avisar sobre a morte do recém-nascido para a família. Segundo ela, quando o hospital entrou em contato com os parentes, imaginava que viriam logo, mas a parte da família que recebeu o contato não estava em Belém.

Por isso, chegou por volta das 9h e não foi levada para reconhecer o corpo da criança. “Para que um erro na área de saúde aconteça, é como se fosse um alinhamento de quebras e falhas de protocolo. A apresentação do corpo à família é um protocolo que precisa ser feito e houve a indução, talvez em função da chegada da família, que foi tarde”, diz.

FAMÍLIA VAI PROCESSAR HOSPITAL

Depois da tragédia, a mãe do bebê voltou para Aurora do Pará, onde mora, mas o sofrimento só aumentou. “O pior sofrimento era de não saber nem o que tinha acontecido. O hospital tinha dito que nos manteria informados, mas isso não aconteceu. Apenas quem nos mantinha informados era o delegado à frente do caso”, conta a tia da mãe da criança, Benedita Ferreira. Segundo ela, a família acionou a Defensoria Pública para processar o hospital.

“É um absurdo um hospital daquele suporte não ter controle nem sistema de vigilância. O que a gente está sofrendo não desejo a ninguém”. A diretora do Hospital, Ana Lydia Cabeça, admite que houve falhas nos protocolos e disse que a instituição está em processo de aquisição de um sistema adequado de câmeras de vigilância. “Além disso, os protocolos foram revistos, e nós estamos nesse momento em fase de capacitação tanto dos nossos servidores quanto dos das empresas terceirizadas.”

INVESTIGAÇÃO

Foi apurado que a morte do bebê ocorreu por volta de 0h45 do dia 17 de julho. Por volta de 5h, o maqueiro responsável por levar o corpo da UTI até o necrotério afirma ter visto o saco onde estava o corpo ainda no necrotério.

Por volta das 6h, segundo a polícia, a embalagem com o corpo foi coletada pela funcionária juntamente com outros resíduos que havia no local e despachados como lixo comum. Para a polícia, a funcionária estava convicta de que não havia corpo no local.

(Diário do Pará)

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