Quem tem alguma doença grave como câncer ou passou por algum transplante, sabe que o tratamento e recuperação é uma verdadeira luta contra o tempo em que qualquer dia perdido pode ser perigoso ou até mesmo fatal.
Isto, no entanto, não parece sensibilizar tanto o Governo do Estado. Há uma semana, pacientes que precisam do medicamento Tracolimos, seguem preocupados aguardando tal remédio, que teria acabado na última sexta-feira (11).
Um dos pacientes que denunciou o caso ao DOL foi Roberto da Luz, 48, que fez transplante de rins. "Esse medicamento é muito importante para evitar a rejeição do rim transplantado. Desde sexta-feira (11) não há esse medicamento na farmácia do hospital. Sem o medicamento, dezenas de pessoas correm o risco de perder o rim transplantado", explicou.
O caso foi denunciado na última segunda-feira (14) e a Sespa informou que está enfrentando dificuldades no abastecimento desse medicamento na dosagem de 1mg, visto que o último lote enviado ao Pará foi feito ainda em julho, quando o MS enviou à Sespa 47.500 comprimidos, que foram suficientes só para abastecer aquele mês.
Em nota ao DOL, a Sespa disse que por meio do Departamento de Assistência Farmacêutica (DEAF), a compra e distribuição aos Estados do medicamento Tacrolimo – nas dosagens 1mg e 5mg – é de competência do Ministério da Saúde (MS).
A Sespa informou ainda que aguarda o envio de outros 112.800 comprimidos, que seriam suficientes para abastecer os meses de agosto e setembro de 2017. Por meio de telefonemas, o MS informou aos técnicos da DEAF que está “aguardando a finalização do processo de contratação para a compra do medicamento e que enviará ao Estado um quantitativo para atendimento de 24 dias”, mas sem expor detalhes sobre a data da remessa e da quantidade de medicamentos a serem disponibilizados.
Além disso, a equipe da DEAF está entrando em contato com outros Estados para a realização de empréstimos, permutas e adesão a atas de registros de preço. A Sespa já conseguiu empréstimo de 6.000 comprimidos de Tacrolimo 1mg junto à Secretaria de Estado de Saúde do Maranhão e aguarda chegada dessa remessa até o dia 18 de agosto.
A reportagem do DOL entrou em contato com o Ophir Loyola para saber se a previsão de chegada dos medicamentos está confirmada.
(DOL)
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