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MÚSICA

Em entrevista exclusiva, Lenine fala sobre participação no festival 'Ambienta'

O tema central é a sustentabilidade. A partir dela, nasce a primeira edição do “Festival Ambienta”, que reúne shows, discotecagem, fórum de projetos sustentáveis e feirinha de economia colaborativa. Tudo isso amanhã, a partir das 20h, no Hangar. D

O tema central é a sustentabilidade. A partir dela, nasce a primeira edição do “Festival Ambienta”, que reúne shows, discotecagem, fórum de projetos sustentáveis e feirinha de economia colaborativa. Tudo isso amanhã, a partir das 20h, no Hangar. Dentro da programação musical, nomes como Karol Conka, Strobo (que convida Sammliz), Félix Robatto, Pelé do Manifesto e Everton MC, DJ Faca, DJ Bernardo Pinheiro. E ainda, o show “Carbono”, do cantor e compositor pernambucano Lenine.

“O Brasil é um país tão continental que só agora estou estreando esse show, homônimo ao CD ‘Carbono’ (2015), em Belém. A gente toca todas as faixas do álbum. Agora todo o espetáculo tem mais do que o tempo de disco, então compreende outras canções que escolhi porque, de alguma maneira, dialogavam com as canções desse álbum”, adianta o autor de hits como “Paciência”, “Hoje Eu Quero Sair Só” e “Silêncio das Estrelas”.

Entre as canções do álbum mais recente está “Castanho”, com a presença e condução da viola, e feita em parceria com Carlos Posada, da banda Posada e o Clã. Também está “O Impossível Vem pra Ficar”, coproduzida por Tó Bandileone, do 5 a Seco. Em “Cupim de Ferro”, Lenine mistura o frevo com o rock fazendo referência ao frevo “Madeira Que Cupim Não Rói”. E ainda tem outras como “À Meia Noite dos Tambores Silenciosos”, mesclando maracatu com toques afros trazidos pela Orkestra Rumpilezz.

Todo repertório é repleto de elementos da música pernambucana. “Carbono” ainda assim, considera Lenine, é um disco mais nordestino que apenas pernambucano. “Existe uma cultura que vai do rio São Francisco ao final do Maranhão. Esse Nordeste tem uma alma comum de alguma maneira, talvez no humor, na picardia, certa melancolia... Nesse sentido, ‘Carbono’ tem muito de Nordeste. Acho que esse elemento sempre esteve muito presente na minha música, embora não fale só para nordestinos”, analisa.

Na verdade, desde muito cedo Lenine já sabia que sua música é feita para ouvidos universais. Porém quando ela chega ao exterior, a impressão mais forte é outra. “Fora do Brasil reconhecer isso [esse caldo nordestino] se perde. Eles percebem muito mais a porção de funk, rock, de música acadêmica até. ‘Carbono’ tem essa dubiedade: extremamente nordestino e universal”, considera o músico.

Música para dar visibilidade

Não é por acaso que Lenine chega a Belém em um festival que aborda, por meio da música e outras programações, novas propostas de sustentabilidade na Amazônia e no mundo. “Essa conotação do festival – e até acho que por isso me convidaram – faz parte da minha vida. Em toda a minha trajetória sempre fui muito engajado em vários projetos, em ajuntamento de pessoas que buscam melhorar a vida de alguma forma. E essa turma sempre sofre de certa invisibilidade. Por isso, sempre que pude, emprestei a eles esse alcance que a música me proporciona”, pontua.

O próprio fato de ser compositor e intérprete se deve a isso. “A música é ferramenta de reportagem, de crônica. Nelas trago questões importantes – claro, tem meu olhar por trás disso tudo –, o que me comove, incomoda. Não se trata só de entreter, gosto de pensar que posso ir além. Mesmo que as pessoas ali cantem, dancem, gosto de pensar que depois elas se perguntam sobre o que estou cantando e falando”, diz Lenine.

REENCONTRO

Para a estreia do show “Carbono” em Belém, o artista vem acompanhado de Bruno Giorgi (bandolim, guitarra, efeitos e vocais), JR Tostoi (guitarra e vocais), Guila (baixo, synth e vocais) e Pantico Rocha (bateria e vocais). “Sofro dessa alta fidelidade ao som do disco, então tem essa turma que me acompanha”, comenta. Outra característica de Lenine ao palco é deixar a música falar. “Eu sou muito falante (risos). Mas no palco não sou de muita conversa. Para mim, o palco se transformou em uma religião. Ali é lugar de entregar o que sei fazer de melhor”, diz ele.

E a expectativa de tocar por aqui com sua banda e um repertório completamente novo não vem só de boas lembranças da cidade, mas de amigos locais e “queridíssimos”, diz ele, que é um apaixonado por orquídeas. “Fazer show aí significa também rever amigos, respirar outro Brasil que o brasileiro médio está descobrindo há poucos anos. Eu já sei que vou me esbaldar na culinária, me perder no Ver-o-peso como sempre faço, dar uma olhada nas plantinhas pelo Bosque... Tenho muitas amizades orquidófilas por aí também (risos)”.

Não perca

“Festival Ambienta”, com show de Lenine
Quando: Sexta, 18, a partir das 20h
Onde: Hangar (Av. Dr. Freitas, s/n – Marco)
Quanto: R$ 50 (pista, 2º Lote, meia entrada/antecipado) e R$ 90 (pista vip, meia entrada/antecipado), à venda nas lojas Crocs (Pátio Belém e Parque Shopping) e quiosque do festival no 2º piso do Boulevard Shopping

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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