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Belezas e desafios de ser pai solteiro

O processo de separação pode ser traumático para as crianças. Mas também pode ser uma oportunidade para os pais solteiros dividirem a criação dos rebentos e reafirmar os laços de amor que unem pais e filhos. O empresário André Pinheiro, 53, se separou há

O processo de separação pode ser traumático para as crianças. Mas também pode ser uma oportunidade para os pais solteiros dividirem a criação dos rebentos e reafirmar os laços de amor que unem pais e filhos. O empresário André Pinheiro, 53, se separou há 2 anos, sabendo que a intensidade com que já vivia a paternidade dos 3 filhos - Márcio e Pedro, gêmeos de 12 anos, e Fernando, 8 - não seria alterada pelo seu estado civil. “Eu os vejo o tempo todo. Levo à escola ao basquete”, conta André. Até a escolha do apartamento novo foi decidida levando em consideração a rotina dos garotos: o empresário optou por um condomínio em Ananindeua e com uma área de lazer com várias opções.

A ligação deles é tanta, que, mesmo quando não estão juntos, sempre se falam por telefone ou por mensagens. “É algo visceral, tanto de mim para eles quanto deles para mim. Sou pai, independentemente de qualquer outro relacionamento”, diz. André garante que o fato de não morarem mais na mesma casa não os afasta. Na verdade, a rotina corrida os mantém unidos.

E isso no dia a dia, com almoços, ida ao médico, brincadeiras, etc. “É engraçado ver os meninos falando que têm duas casas, a do pai e a da mãe. Eles, inclusive, me ajudaram a montar minha nova casa. Fiz isso para que sentissem que aquele espaço também é deles”, conta.

LICENÇA

Professor da rede estadual, Luiz Maximiano, 40, viu seu nome ganhar o noticiário ao ser o primeiro caso, no Pará, de um servidor público homossexual a ter garantido o direito à licença-paternidade de 4 meses. A situação ocorreu no início deste ano, quando a pequena Sophia, que ele adotou ainda na barriga da mãe biológica, já tinha quase 1 ano.

As dificuldades que o professor enfrenta são as mesmas que qualquer pessoa que cria um filho sozinho, independentemente de sua opção sexual. “Tenho jornada tripla. Dou aula, cuido da minha filha e da casa”, conta. “Hoje, meus pais moram comigo. Mas fico a maior parte do tempo no município de Tracuateua, que é onde eu trabalho”. Ele conta que, desde o momento em que decidiu pela paternidade, fez todos os cálculos e projeções possíveis para garantir estar o máximo de tempo presente na vida da filha.

O que ele não queria era delegar a criação de Sophia a outras pessoas. “Quando estou com ela, estou 100%. Ela dorme comigo e para onde eu vou eu a levo”, garante. “Até faço uma crítica: são poucos os locais onde posso estar à noite com a minha filha. Vou basicamente a uma pizzaria, porque é a única opção que tenho onde moro”.

A orientação sexual e o fato de criar uma filha só nunca o tornaram alvo de preconceito. Mas o espanto é bastante comum. “Acho que sofro, na verdade, o mesmo que uma mãe solteira sofre: a dificuldade de encontrar alguém para se relacionar. A minha vida pessoal tem duas fases: uma antes e outra depois da Sophia”, destaca.

A chegada da filha também adiou alguns planos relacionados à vida acadêmica de Luiz, mas ele garante que não há nenhum sacrifício que não tenha valido a pena. “Pai todo mundo pode ser. Às vezes, a paternidade é consequência. Mas eu escolhi ter essa família. Acho que por ser de uma família feliz, a vida que levo hoje faz muito mais sentido.”

“A minha relação com o meu filho é até melhor hoje. Eu aproveito cada momento”

O técnico em Segurança do Trabalho Hugo Sanches, 29 anos, se separou da mãe do pequeno Miguel, de 4, antes mesmo de ele completar um ano de vida. Ao voltar para a casa dos pais, passou a receber o menino nos fins de semana. “A minha rotina não mudou, continuo sendo pai do Miguel como sempre fui, a paternidade independe de casamento e de namoro”, afirma.

Foto: arquivo pessoal

“Posso até te dizer que a minha relação com o meu filho é até melhor hoje, porque cada momento que a gente passa junto eu tento aproveitar ao máximo”, justifica. As complicações existem, é claro, mas Hugo conta com a ajuda dos pais para criar o filho. “Acaba que encontro com ele em outros momentos também e eles sempre me ajudam. Nossa convivência é repleta de carinhos e brincadeiras”, garante.

(Carolina Menezes/Diário do Pará)

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