plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 24°
cotação atual R$


home
_

Artista mostra por que é uma das brasileiras mais reconhecidas no mercado internacional

Beatriz Milhazes tem telas avaliadas em mais de 2 milhões de dólares (Foto: Divulgação) A artista carioca Beatriz Milhazes acredita que a obra de arte é capaz de desenvolver uma inteligência visual - por isso opta quase sempre pela pintura abstrata. Suas

Beatriz Milhazes tem telas avaliadas em mais de 2 milhões de dólares (Foto: Divulgação)

A artista carioca Beatriz Milhazes acredita que a obra de arte é capaz de desenvolver uma inteligência visual - por isso opta quase sempre pela pintura abstrata. Suas obras, marcadas pela múltiplas cores e formas, geralmente são caracterizadas como mandalas que se assemelham a objetos de ornamentação. Mas possuem extrema técnica para serem realizadas: ela prepara imagens sobre plásticos transparentes que, ao se descolarem, tal qual películas, podem ser aplicadas na tela. A finalização é feita com colagens sucessivas e isso não compromete o grafismo e a potência cromática.

Beatriz é uma das artistas brasileiras contemporâneas mais importantes atualmente e coleciona já alguns marcos: foi a primeira a vender, ainda viva, uma obra por mais de R$ 1 milhão, em 2008, a tela “O Mágico” (2001); já participou de bienais como as de Veneza e de São Paulo e realizou mais de 30 individuais em 11 países; nos anos 1990, foi apresentada ao mercado internacional pelo célebre marchand Marcantonio Vilaça; em 2012, Beatriz se tornou novamente a artista brasileira viva mais cara com “Meu Limão” (2000), arrematada por US$ 2,1 milhões.

Agora obras dessa artista de tamanha importância para as artes plásticas locais podem ser conferidas a partir de amanhã, no Centro Cultural Sesc Boulevard, às 10h, com a abertura da exposição “Beatriz Milhazes - Um Itinerário Gráfico”. A mostra reúne serigrafias impressas artesanalmente em formato de arabescos, flores, rendas, círculos e listras, com profunda conexão com a visualidade tropical e com a arte popular brasileira.

A artista credita à sua cidade natal e à opção de ter continuado a morar no Brasil a efervescência de sua obra. A natureza e o mundo ao seu redor, a atmosfera bucólica, são as suas principais inspirações - o seu estúdio é próximo ao Jardim Botânico.

“O meu processo de trabalho é um processo evolutivo, meio cientista. Introduzo questões novas, que geram novas possibilidades. Então, isso vai crescendo. A pintura é a raiz de tudo e a cor está sempre unida, se coloca predominante. Acho muito importante que o ser humano mantenha esse potencial poético e imaginário. A pintura, mais que qualquer outra área, faz você viajar nesse universo, pelo olhar. Contudo, é sempre uma tela pendurada na parede, é através do olho. Já a escultura vai para o mundo real”, disse a artista, em entrevista ao Canal-Arte.

A pintura com sua técnica peculiar surgiu após colagens feitas com papel e tecido na própria tela. Em diferentes formatações é possível perceber que esta ainda é uma maneira significativa de Beatriz produzir suas obras. Mas o desejo de fazer seus próprios motivos foi mais forte e ela passou a fazer colagens com as suas próprias figuras. Com isso, produziu desenhos e uma espécie de transfer - que pode ser combinado e reproduzido em telas diversas, como os círculos de “Serpentina” (2003) e “Entre o Mar e a Montanha” (1997-1998) ou os cajus de “Meu Bem”, um livro de artista, motivo presente em outras telas.

(Foto: Divulgação)

CIFRAS

Sobre os valores de suas obras, Beatriz reconhece que é uma conquista e que isso equipara os artistas brasileiros ao que americanos e europeus já alcançaram em décadas anteriores. “Nós estávamos fora desse grupo. Esse é o lado válido, porque, por trás desses grandes leilões de arte contemporânea, estão os grandes museus e colecionadores. Começamos a entrar, vamos dizer, na história internacional da arte, da qual a gente não fazia parte até pouco tempo. Isso é o lado positivo. E, com certeza, tudo tem dois lados. É um bom problema. Não imaginava que seria esta pessoa (a mais cara artista brasileira viva). E a gente tem que aprender a lidar com isso”, admite.

ABERTURA DA EXPOSIÇÃO “BEATRIZ MILHAZES - UM ITINERÁRIO GRÁFICO”

Quando: Sábado, 10h
Visitação: até 16 de setembro, de terça a sábado, das 9h às 18h. Domingo, das 9h às 13h
Onde: Centro Cultural Sesc Boulevard (Boulevard Castilhos França, 522/523)
Quanto: Gratuito
Informações: (91) 3224-5654

(Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em _

Leia mais notícias de _. Clique aqui!

Últimas Notícias