Taxistas protestam contra Uber, em Ananindeua, em frente Secretaria de Transporte

Taxista que circulam no município de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém (RMB), realizaram manifestação, na tarde desta sexta-feira (4), em frente a Secretaria Municipal de Transporte (Semutran). O ato foi contra o serviço da Uber.

Segundo a Semutran, a manifestação dos taxistas foi para representar apoio à apreensão de um veículo que circulava na noite de ontem (3) em uma das principais avenidas da cidade.

Durante a manifestação, houve bate boca entre os profissionais taxistas e o motorista Alexandre Costa de Almeida, dono do veículo guinchado.

"Eles me reconheceram e quase me lincharam. Fui até a Semutran tentar resolver meu problema, mas não consegui. Vou ter de voltar na segunda-feira", disse Alexandre externando receio em voltar ao local.

O condutor da Uber ainda fez críticas a Semutran afirmando que a direção demonstra apoio em favor apenas dos taxistas.

COMISSÃO

Segundo informações da Semutran, uma comissão de taxistas, que manifestou apoio a ação da Secretaria, foi recebida pelo secretário de transportes, Samuel Reis.

"A Semutran ratifica que a fiscalização tem por objetivos conscientizar condutores e fiscalizar possíveis situações de irregularidades no transito, independente do tipo de categoria de veículo ou de categoria profissional.

Quanto a crítica do condutor, não procede, pois a postura, tanto da Semutran como do próprio secretário, é de neutralidade em relação a tomada de partidos cabendo somente o cumprimento da lei", afirma a Semutran.

CARREATA

Após a manifestação em frente a Semutran, taxistas saíram em comboio pelas vias de Ananindeua com o objetivo de chamar outros membros da categoria a se juntar em protesto.

Nas redes sociais, internautas afirmam que o trânsito está lento na via em decorrência de um protesto.

Assista ao vídeo enviado por um motorista da Uber:

Em nota, a Uber respondeu ao DOL que os motoristas parceiros da prestam o serviço de transporte individual privado de passageiros, com respaldo na Constituição Federal.

A empresa alega que sobre a atividade, os tribunais brasileiros afastaram e consideraram inconstitucionais as tentativas municipais de proibição da Uber, confirmando a legalidade das atividades da empresa e dos motoristas parceiros e garantindo o direito de escolha da população.

"As apreensões são indevidas porque o serviço prestado pelos motoristas parceiros da Uber não só encontra respaldo na legislação Federal mas ainda na própria Constituição Federal. Reforçamos que nossos parceiros precisam ter os seus direitos constitucionais de trabalhar (exercício da livre iniciativa e liberdade do exercício profissional) preservados", diz a nota..

O condutor Alexandre Almeida informou que acredita que a empresa pagará pelos prejuízos.

(DOL)