Após a polêmica envolvendo o acesso de crianças e adolescentes a um trenzinho que circula tradicionalmente na Ilha de Mosqueiro, no distrito de Belém, o veículo já está funcionando normalmente, informou via telefone a promotora Ana Maria Magalhães, do Ministério Público do Pará (MP/PA).
Em nota, o MP também informou que o veículo já passou pela vistoria da Semob e cumpriu as exigências feitas em relação a velocidade (que não passasse de 30 k/h), diminuição do volume da buzina, e local específico na praça de Mosqueiro.
As dicussões sobre o caso começaram a partir de um tweet publicado na noiute da última quarta-feira (19), que mostra muitos pais revoltados após agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SEMOB) impediram o passeio.
Semob tenta barrar trenzinho🚂...
— Pará Notícias (@Paranoticias1) 19 de julho de 2017
De circular no distrito de Mosqueiro...
População revoltada fazendo maior onda🏌🏼👩🏻🍳 pic.twitter.com/avQ6ena8nW
Revoltados, pais e mães chegaram a interditar a rua Gaspar Viana, em frente a Paróquia Nossa Senhora do Ó, na Vila, pedindo a liberação do passeio de trenzinho.
Nas redes sociais, muitas pessoas foram contra a proibição do passeio.
Bando de FDP isso sim que eles são. Esse bondinho já tem anos fazendo alegria de todos no verão. Aí me vem pra querer aparecer e revoltante.
— Rhodney J Moraes (@j_rhodney) 20 de julho de 2017
@SeMOB_Bel um lixo,esse trenzinho já é patrimônio histórico de mosqueiro, já tem + de 20 anos em mosqueiro.
— Janderson Sales (@78fec49f338d429) 20 de julho de 2017
SEMOB esses agentes acham que vão acabar até com as tradições, o povo já esta engolindo demais, respeitem.
— Rafael Sdv!!! 77,2k (@RafaelECPLJ) 20 de julho de 2017
Na última quinta-feira (20), em nota, a Semob informou que no dia 10 de julho houve uma reunião com o MP e proprietários do veículo, que vinha trafegando sem nenhuma autorização por Mosqueiro, onde ficou decidido que a secretaria faria uma vistoria na parte mecânica do veículo, mediante pagamento de taxa de vistoria, para checagem de itens básicos de segurança, como óleo, pneu, freios, extintor, etc.
Também ficou decidido que os proprietários providenciariam um laudo do Corpo de Bombeiros, que atestaria a segurança do veículo do ponto de vista estrutural, visto que ele tem alterações e adaptações estruturais que podem vir a colocar em risco o transporte de passageiros, em especial crianças. Além de estabelecer que o veículo não pode pegar passageiros ao longo do percurso e a velocidade máxima seria de 20km/h e horário de funcionamento de 17h às 22h.
Polêmica resultou até em abaixo-assinado
“Até que tudo isso fosse providenciado, o veículo ficaria impedido de circular por questões de segurança, o que ficou acordado entre todos os presentes à reunião, inclusive os proprietários. Quando no dia 13, quinta-feira, o veículo voltou a trafegar sem nenhuma vistoria realizada junto à Semob, e na sexta-feira (14), o veículo atropelou uma pessoa, quando foi finalmente impedido de fato de circular”, detalha a nota.
A Semob explicou ainda que o pagamento da taxa de vistoria foi feito às 18h da segunda-feira (17). O pagamento consolidou na terça-feira (18). A vistoria foi realizada ontem, 19, e o laudo ainda está sendo concluído. “Segundo o vistoriador, todos os problemas detectados na parte mecânica do veículo foram sanados no próprio ato da vistoria. Com a parte mecânica vistoriada e se todas as regras de circulação (itinerário e horário) forem respeitados, não há absolutamente nada que proíba, da parte da SeMOB, a circulação”, explica a nota.
(DOL)
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