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Polícia Civil investiga sumiço do corpo de um bebê do Hospital de Clínicas

A Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV), em Belém, ainda não sabe onde está o corpo de um bebê recém-nascido que desapareceu de dentro das suas dependências, na última segunda-feira (19). A instituição já instaurou uma sindicância para apura

A Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV), em Belém, ainda não sabe onde está o corpo de um bebê recém-nascido que desapareceu de dentro das suas dependências, na última segunda-feira (19). A instituição já instaurou uma sindicância para apurar os fatos. Até ontem foram ouvidos seis funcionários que estavam de plantão durante o desaparecimento do corpo, que sumiu sem deixar pistas. A Polícia Civil investiga o caso.

Corpo de recém-nascido desaparece de necrotério no Hospital Gaspar Vianna

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A diretora-presidente do FHCGV, Ana Lydia Cabeça, afirmou que todos os funcionários estão consternados com a situação. “Esse é um fato inusitado, nunca houve nada assim. Estamos chocados”, disse.

O corpo do bebê foi levado do necrotério da instituição. Ele estava dentro da câmara frigorífica, onde são guardados os mortos à espera do transporte funerário. Segundo a diretora técnica do hospital, Alessandra Bentes, o procedimento padrão é que a câmara fique trancada com chaves. Porém, ainda não ficou esclarecido se o local estava fechado.

A delegada Cristiane Ferreira, adjunta da Delegacia Geral, prometeu que a Polícia Civil vai responsabilizar todos os culpados pelo ocorrido na instituição (Foto: Ricardo Amanajás)

SEM REGISTROS

No hospital, não há circuito interno de TV, por isso, nenhuma imagem da movimentação dos corredores de acesso ao necrotério foi registrada. “Nós não temos câmera de vigilância, porque temos de eleger prioridades, e a nossa, é de insumos e materiais para atender a população”, justifica Bentes. A instituição descarta a possibilidade de ter entregado o corpo do bebê a outra família por engano, já que não houve mais óbitos no hospital durante aquele plantão.

O necrotério tem dois acessos: um na parte interna e outro no estacionamento, para saída dos carros funerários, que, conforme a diretora, a porta permanece trancada. O local só é aberto no momento em que os veículos autorizados chegam para levar os corpos. “A porta interna fica fechada também e não é acessível a todos”, reforça Bentes. A diretora assegura que já existem algumas suspeitas, porém elas serão reportadas apenas à polícia, para não atrapalhar as investigações.

O CASO

A criança foi a óbito, por volta de 00h50 de segunda-feira (17). A família foi comunicada ainda na madrugada, mas somente no fim da tarde, quando o veículo da funerária chegou ao hospital, os funcionários da FHCGV perceberam que o corpo tinha desaparecido.

O caso foi registrado na seccional de São Brás, à noite. Porém, foi na seccional da Pedreira que o inquérito foi instaurado, pelo delegado Walter Rezende, que ouviu os depoimentos da mãe, Maria Juanesica Brito Paulo, 20, e da tia-avó, Benedita Ferreira. De acordo com a delegada Cristiane Ferreira, adjunta da Delegacia Geral, a falta de imagens pode prejudicar as investigações. “Vamos ouvir testemunhas e todo o local de acesso ao necrotério passará por perícia”, garantiu. Ela lembrou que várias pessoas já circularam pela instituição, por isso a perícia fica comprometida.

A partir de hoje, o caso será acompanhado pela Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data), diante da necessidade de um tratamento humanizado, para o acolhimento da mãe e da família do bebê. “Vamos continuar investigando a situação e responsabilizar os culpados”, prometeu a delegada. O FHCGV está prestando assistência psicossocial à mãe e à família.

PARA ENTENDER

Após apresentar complicações, no dia 1º de julho, o bebê foi encaminhado da Santa Casa e internado na UTI neonatal da FHCGV. A mãe do menino o viu pela última vez no sábado (15).

Tia desabafa: ‘Desapareceu. Ninguém sabe, ninguém viu. Como assim?’

A tia avó da criança, Benedita Ferreira usou as redes sociais para desabafar. “Gente, o corpo do bebê sumiu, desapareceu, ninguém sabe, ninguém viu. Simplesmente sumiu! Procuramos várias vezes e nada. Como assim? Não acredito”, diz o texto. Ela pede que as pessoas compartilhem o ocorrido e cobra providências. “Essa mãezinha perdeu o seu filho duas vezes: uma por ter falecido, duas porque sumiram com o corpinho dele dentro do hospital. Isso não pode ficar assim”, lamentou.

COMPLICAÇÕES

O bebê foi a óbito após 23 dias do seu nascimento. Prematuro de sete meses, ele foi diagnosticado com a síndrome de patau, considerada uma doença muito rara. A criança nasceu no município de Concórdia do Pará, no nordeste paraense, mas, devido a complicações, a família, que é de Aurora do Pará, veio para Belém em busca de atendimento médico.

O recém-nascido foi internado na Fundação Santa Casa de Misericórdia (FSCM) para tratar um problema no coração.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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