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Técnico de som de cinema Márcio Câmara promove um master class gratuito hoje na UFPA

O cearense Márcio Câmara foi indicado cinco vezes ao prêmio de Melhor Som Direto pela Associação Brasileira de Cinematografia e quatro vezes ao da Academia Brasileira de Cinema pelo som direto de filmes como “Deus é Brasileiro”, “Zuzu Angel” e “Cinema, As

O cearense Márcio Câmara foi indicado cinco vezes ao prêmio de Melhor Som Direto pela Associação Brasileira de Cinematografia e quatro vezes ao da Academia Brasileira de Cinema pelo som direto de filmes como “Deus é Brasileiro”, “Zuzu Angel” e “Cinema, Aspirinas e Urubus”. Mas por aqui, é sua cota de bons trabalhos no cinema paraense o que chama atenção – um gostinho a mais para quem for conferir o master class de Som Direto que ele ministra hoje, às 14h, pelo projeto de extensão CineClube Silvino Santos, do Bacharelado de Cinema e Audiovisual da UFPA. O evento é aberto e gratuito para todos os interessados.

“Eu gosto muito dos meus trabalhos com a Jorane (Castro), são sempre coisas muito desafiadoras, filmar o Ver-o-Peso em ‘Ribeirinhos do Asfalto’ (curta/2011), Icoaraci com ‘Mulheres Choradeiras’. Um que gostei muito foi ‘Quando a Chuva Chegar’ (curta/2009), gravado no Manoel Pinto e que casou muito forte com a ideia da chuva em Belém. Também um filme com a Eliane Caffé (cineasta paulista), ‘O Sol do Meio-Dia’, que foi gravado em Castanhal, com algumas cenas também em Belém, pela Vila da Barca. São trabalhos que marcam muito pelos espaços geográficos, que têm um conjunto sonoro interessante”, destaca Câmara.

Mais recentemente, ele foi responsável pelo som direto em “Para Ter Onde Ir”, primeiro longa também da cineasta paraense Jorane Castro. E está passando uma temporada na cidade para as filmagens de “Eu, Nirvana”, de Roger Elarrat. Para ambos dos trabalhos, leva um conceito que pretende explorar bastante em seu master class: o papel criativo dos profissionais de som direto.

“Levo a minha pesquisa de mestrado e que resultou no livro ‘Som Direto no Cinema Brasileiro: Fragmentos de Uma História’, onde abordo as técnicas de gravação utilizadas e o papel criativo dos profissionais em filmes que fizeram história da década de 1960 pra cá. Dentro dessa pesquisa levanto a hipótese dessa participação criativa do técnico de som direto durante a filmagem”.

EM PÉ DE IGUALDADE

Ao falar dessa trajetória do som dentro do cinema brasileiro, Márcio Câmara considera que houve uma evolução na qualidade. “Logicamente, dentro das possibilidades de cada projeto, hoje temos uma cinematografia brasileira que não deve nada a ninguém, a nenhuma outra cinematografia. Foram surgindo pessoas que pensam o som dentro do que fazem. O que ocorreu dentro desse período é que houve um hiato tecnológico mesmo. Hoje, a possibilidade vem da própria pesquisa, que diretor e roteirista entendam a importância do som direto no processo criativo e usem mais esse recurso”, explica.

Entre seus mestres brasileiros – Câmara teve formação inicial nos Estados Unidos -, ele fala em especial de Walter Goulart, com trabalho sonoro em filmes como “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (Glauber Rocha, 1969) e “Pindorama” (Arnaldo Jabor, 1971). “Conto ali (no livro ‘Som Direto no Cinema Brasileiro’) como ele contribuiu desde as chanchadas. Ele tem um conjunto de obras muito importantes, é uma dessas pessoas que ajudaram a construir esse pequeno fragmento sonoro. Cristiano Maciel, Mark van der Willigen, Paulo Ricardo Nunes, João Godoy”, cita Câmara.

LANÇAMENTO

Márcio Câmara lançou logo em sua chegada a Belém o longa-metragem documentário “Do Outro Lado do Atlântico”, dirigido por ele e Daniele Ellery, e premiado em Cabo Verde, Berlin e Rio de Janeiro. Após exibições em Nova York, Lisboa, Havana e em diversas cidades brasileiras, ele esteve pouco mais de uma semana em cartaz no Cine Olympia. A intenção do diretor é fazer ainda mais uma exibição de lançamento antes de sua partida, após as gravações de “Eu, Nirvana”, no final de julho.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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