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A história de Belém em ruínas: poder público abandona casarões antigos

Ao passar pela rua Santo Antônio, no bairro da Campina, o que se vê são apenas os escombros do casarão que abrigou, ainda no século XIX, a antiga Farmácia César Santos. A drogaria teria funcionado até o século seguinte, em meados dos anos 1980, mas o pré

Ao passar pela rua Santo Antônio, no bairro da Campina, o que se vê são apenas os escombros do casarão que abrigou, ainda no século XIX, a antiga Farmácia César Santos.

A drogaria teria funcionado até o século seguinte, em meados dos anos 1980, mas o prédio permaneceu intacto até que, em 2015, um incêndio o atingiu, provocando desabamentos no casarão centenário. Desde então, o local está reduzido a ruínas.

Mesmo após dois anos, parte do que sobrou do prédio ainda está chamuscada pelo fogo do incêndio de 2015. Na parte térrea do prédio, as ‘entradas’ foram bloqueadas por muros de tijolos. Em um desses muros há, inclusive, uma porta de madeira com uma placa que indica “Banheiro. R$ 1”.

No prédio esquecido pelo poder público, a parte superior é a única que indica a importância da construção para a memória de Belém. O frontão até hoje mantém os escritos com o nome da farmácia e o ano de fundação, 1884.

Presidente da Associação Cidade Velha - Cidade Viva (CiVViva), Dulce Rosa Rocque sinaliza que a indiferença com o patrimônio público da cidade, infelizmente, não é restrita.

Parte dos escombros da César Santos se transformou em uma espécie de banheiro público. (Foto: Ney Marcondes)

TOMBAMENTO

Para ela, o abandono de prédios históricos pela cidade é decorrente da falta de interesse por parte do poder público. “Esse desleixo é desinteresse da administração pública. Falta fiscalização em todos os setores”, acredita.

“Com isso a cidade vai perdendo a memória”. Dulce destaca que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) só tem ingerência sobre os prédios que são tombados. O problema é que eles são pouquíssimos em comparação à quantidade de prédios históricos presentes em Belém.

Ela explica que os tombamentos são realizados pelo Iphan, pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult) ou pela Prefeitura Municipal de Belém. “Juntando as três listas não dão nem 40 casas tombadas”, aponta.

Como forma de dar continuidade à missão de contribuir com a preservação do patrimônio histórico, a CiVViva lançou uma plataforma colaborativa onde qualquer pessoa pode registrar denúncias de abandono de prédios públicos.

“As pessoas não têm coragem de denunciar, então, dessa forma elas podem fazer isso de forma anônima”, relaciona Dulce. “As denúncias ficam registradas no mapa da cidade com a data e a hora que a foto foi feita e são encaminhadas para os órgãos competentes”.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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