Serviço de coleta de lixo é normalizada em Belém, diz prefeitura

Sem pagamento há cerca de três meses, os trabalhadores responsáveis pela coleta de lixo, em Belém, interditaram, na manhã desta quarta-feira (12), a Avenida Magalhães Barata, em frente ao Hospital Ophir Loyola, e a Travessa 14 de abril, em frente à Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), no bairro de São Brás.

O objetivo dos garis era chamar atenção da população e cobrar os pagamentos atrasados pela empresa BA Ambiental, que, sem receber a verba da prefeitura, não teria repassado os valores aos funcionários.

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Por telefone, a Prefeitura de Belém informou ao DOL que o serviço de coleta de lixo está garantido e que o pagamento será realizado na próxima segunda-feira (17).

O DOL também tentou entrar em contato com os manifestantes, mas as ligações não foram atendidadas.

Enquanto o prefeito de Belém está na França...

Em entrevista ao DOL, a gari Margarete dos Santos questionou a postura e a ausência do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, em resolver o problema.

"O Zenaldo está na França e nós aqui, trabalhando no sol e na chuva, sem receber. Ainda temos que ir até o lixão em Marituba que, não tiro a razão dos moradores de lá; está horrível", afirmou.

O gari Jorge Filho reconhece que fechar rua é ruim, mas não vê outra forma de lutar pelos seus direitos.

"É muito chato a gente ter que fechar a rua, mas precisamos chamar a atenção. Só a gente sabe os perigos que passamos nessa profissão. Quando chega o fim do mês, a gente precisa receber. Temos família para sustentar", ressaltou.

Trânsito ficou bloqueado até o meio-dia

(Foto: Gustavo Dutra/DOL)

Por volta das 12h, equipes da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) da Polícia Militar foram acionadas para tentar negociar a liberação das vias com os manifestantes.

Com os bloqueios feitos por caminhões de lixo, o trânsito na Avenida Magalhães Barata ficou interditado e, no início da tarde, a Avenida Gentil Bittecourt foi liberada parcialmente, com o fluxo da via apresentando muita lentidão.

Alguns condutores alegaram ter ficado cerca de 40 minutos parados no mesmo local.

Prazo da prefeitura não agradou

Em nota, a Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) confirmou a falta de pagamento à empresa e citou a "acentuada queda de arrecadação, ainda reflexo da grave crise financeira que vive o país".

Ainda segundo a nota, o pagamento da empresa BA Ambiental será normalizado no início da próxima semana.

Para Margarete, o prazo para pagamento não foi bem recebido.

"Ainda não nos informaram oficialmente e vamos continuar aqui. Nem que tenhamos que dormir aqui, ficaremos até ouvir um posicionamento. Hoje é quarta-feira, e querem nos pagar só semana que vem?!", questionou indignada.

(Hélio Granado e Gustavo Dutra/DOL)