Especialista ensina a manter a pele saudável

Especialista ensina a manter sua pele saudável neste verão

A principal regra é usar o protetor solar, mas também existem outras recomendações feitas por dermatologistas para evitar doenças graves


FOTO: ALZYR QUARESMA / DIVULGAÇÃO

CUIDADOS

Roberta [email protected]

A combinação sol, areia, praia, sal, piscina e excesso de suor faz bem para alma, mas para a pele nem tanto. Nas férias de verão, é preciso tomar cuidado para não colocar a saúde da pele em risco de algumas doenças, como queimaduras, fotoenvelhecimento, que é o envelhecimento precoce, e até mesmo o câncer. O uso de roupas e acessórios apropriados pode evitar enfermidades, mas é indispensável o protetor solar. O hábito de se proteger deve iniciar ainda na infância.

Segundo a dermatologista Célia Macedo, a pele é o maior órgão do corpo humano e fica exposta ao sol regularmente, o que pode causar problemas futuros se não houver proteção adequada. “O sol é bom, é vitamina D, mas pode trazer doenças que não são vistas na hora. Vêm ao longo dos anos”, explica.

As recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologistas (SBD) apontam que produtos com fator de proteção solar número 30, ou superior, são os únicos recomendados para uso diário e também para a exposição mais longa ao sol, como praia, piscina e pesca.

Célia Macedo adverte que a aplicação do produto é o diferencial para a proteção. Ele deve ser espalhado em todas as partes do corpo e em uma quantidade que cubra a pele. “O recomendado é o mais forte, devido ao tempo de duração na pele”, destaca.

A dermatologista também alerta sobre a escolha do protetor solar. Ele deve conter proteção química e física. É importante verificar a informação no rótulo. Não há horário recomendado pelos médicos para se expor ao sol, porém, o período entre 10h e 16h é o que mais castiga a pele. “Nesta hora, a radiação é maior e causa lesões”, argumenta.

Há outros meios de proteção que ajudam na defesa. É recomendável a ingestão do complexo antioxidante, que evita a formação de radicais livres que causam o envelhecimento celular e o aparecimento de doenças como câncer.

CÂNCER DE PELE

O câncer da pele corresponde a 33% de todos os diagnósticos da doença no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O mais agressivo é o melanoma, e uma das principais causas é a exposição excessiva ao sol. Por isso, no verão, deve-se intensificar o uso do protetor solar, diariamente, e não somente nos momentos de lazer.

São registrados, por ano, cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele no País. Para evitar riscos, após a praia e a piscina, Macedo orienta o não uso de sabonete em todo o corpo, apenas em partes íntimas, pés e axilas. O uso de água quente também não é indicado, pois resseca a pele. Ela ainda orienta o uso de hidratante para garantir a saúde da pele em todas as estações do ano.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)