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Mulher que perdeu filhos em massacre no Pará diz não ter vontade de viver

Recomeço é uma palava difícil para a cozinheira Verônica Pereira Milhomem, 54. Moradora de Redenção, cidade vizinha ao Pau d"Arco, ela perdeu dois filhos, dois irmãos, dois sobrinhos e uma enteada no massacre que completou um mês neste sábado (24). "Não

Recomeço é uma palava difícil para a cozinheira Verônica Pereira Milhomem, 54. Moradora de Redenção, cidade vizinha ao Pau d"Arco, ela perdeu dois filhos, dois irmãos, dois sobrinhos e uma enteada no massacre que completou um mês neste sábado (24).

"Não tenho vontade de viver, não tenho vontade de levantar. Queria estar perto dos meus filhos", afirmou Verônica, entre soluços, em conversa com a reportagem.
Ela enfrenta, simultaneamente, a dor da perda dos filhos, as dificuldades financeiras de quem dependia deles para sustentar a casa, além da saúde frágil —um problema renal a obriga fazer hemodiálise quatro vezes por semana.

Wclebson Milhomem, 32, e Wedson Milhomem, 28, eram o principal esteio da mãe. Eles cuidavam dela, que estava sem trabalhar por causa dos problemas de saúde, e garantiam o sustento da casa com o dinheiro que conseguiam com trabalhos em fazendas da região.

Verônica diz que vai pleitear uma indenização do Estado do Pará. Hoje, está sendo assistida por um sobrinho, que deixou a família na cidade de Araguaína (TO) para lhe prestar apoio. Mas ele logo terá que voltar para sua casa e trabalho: "Vou ficar sozinha, abandonada", diz.

Um mês depois do massacre, pede celeridade nas investigações e clama por Justiça: "É muito difícil passar por uma situação dessas e ainda ver os policiais soltos. Meus filhos não eram bandidos, eram só pessoas que queriam um pedaço de terra para trabalhar".

Um deles, conta, nem tinha ligação com a disputa pela Fazenda Santa Lúcia —Wedson tinha ido ao local apenas para visitar o irmão e acabou sendo baleado.

Diz que tão grande quanto a dor da morte de Wedson e Wclebson foi a impossibilidade de lhes dar um velório e um enterro dignos. "Mataram e entregaram os corpos como se fossem bicho. Foi humilhante".

(Folhapress)

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