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Livro conta história da Serra dos Carajás

Sem qualquer referência de mapas ou meios de localização, uma equipe de geologia da Companhia Meridional de Mineração (CM) pousou em áreas inexploradas do sul do Pará, no ano de 1967, para descobrir o que viria a ser o maior complexo minerador de ferro do

Sem qualquer referência de mapas ou meios de localização, uma equipe de geologia da Companhia Meridional de Mineração (CM) pousou em áreas inexploradas do sul do Pará, no ano de 1967, para descobrir o que viria a ser o maior complexo minerador de ferro do mundo. Cinquenta anos após a descoberta das jazidas de minério de ferro da Serra dos Carajás, o livro “Carajás: a descoberta” rememora os detalhes da história.

Geólogo integrante da equipe que revelou o potencial mineral de Carajás, Erasto Boretti de Almeida é autor do livro que foi lançado na última quinta-feira (22), em São Paulo. O geólogo conta que esperou 50 anos para reunir, em livro, os documentos históricos, imagens e depoimentos. “Os acontecimentos são narrados do ponto de vista do geólogo no campo”, adianta.

Erasto explica que o planejamento para o início da exploração de Carajás foi desenvolvido ainda em 1966, pelos americanos da siderúrgica norte-americana United States Steel Corpotation, que tinha como subsidiária a Companhia Meridional de Mineração (CMM), com sede no Rio de Janeiro. Desde a construção do Projeto de Prospecção Mineral, feita pelos americanos, até a descoberta da primeira jazida de ferro, passaram apenas 9 meses. “Em fevereiro de 1967, eu fui o primeiro funcionário contratado. Em agosto, pousamos dentro das clareiras de Carajás e encontramos a jazida de ferro”, garante o geólogo. “Foi um trabalho de sucesso em tempo recorde.”

MAPAS

Entre as maiores dificuldades enfrentadas pela equipe, a falta de mapas que norteassem a localização foi a principal. Erasto conta que os trabalhadores foram os responsáveis por fazer seus próprios mapas, por meio da medição de distâncias pelo tempo percorrido por barcos, aviões e helicópteros. A ausência de infraestrutura fica evidente nas imagens que ilustram o livro. O primeiro acampamento foi às margens do Rio Xingu, na Ilha de São Francisco, sem qualquer possibilidade de assistência médica ou hospitalar imediata.

Apesar das dificuldades, a descoberta da jazida de ferro foi apenas o começo da aventura encarada pela equipe de geologia. Não demorou muito para que encontrassem manganês, ouro, alumínio, níquel e cobre. “As pesquisas continuaram nas imediações e foram encontrados outros minérios. Hoje o Pará é o grande produtor de cobre do Brasil”, lembra.

(Cintia Magno)

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